07 de mai 2025
PDT se afasta da base do governo Lula após escândalo no INSS e troca de ministro
PDT se desliga da base de Lula após demissão de Carlos Lupi, enquanto senadores pedetistas permanecem aliados. Eleições de 2026 à vista.
O líder do PDT na Câmara, deputado Mário Heringer (MG) (Foto: Kayo Magalhães - 22.abr.2025 / Câmara dos Deputados)
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A bancada do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Câmara dos Deputados decidiu, na terça-feira (6), deixar a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A saída ocorre após a demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, em meio a investigações sobre fraudes no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que desviaram R$ 6,3 bilhões.
O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer, afirmou que a decisão não é uma chantagem, mas sim resultado de um descontentamento acumulado ao longo de dois anos. Ele destacou que a relação com o governo já era tensa antes da demissão de Lupi. “A gota d'água foi esse momento, mas não estamos fazendo chantagem com o governo”, disse Heringer em entrevista.
Enquanto a bancada da Câmara se torna independente, a bancada do Senado do PDT optou por permanecer aliada ao governo. Os senadores pedetistas justificaram a decisão pela proximidade com o governo em projetos importantes. Heringer também comentou sobre a indicação de Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência, afirmando que a escolha foi ideal, mas que o presidente Lula deveria ter consultado o partido.
A crise no governo Lula se intensificou após a Operação Sem Desconto, que revelou um esquema de desvios no INSS. Lupi, que não foi citado nas investigações, enfrentou críticas por não ter agido contra as fraudes, mesmo após ser alertado. A situação gerou um clima de incerteza e discussões sobre candidaturas alternativas ao PT para as eleições presidenciais de 2026.
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