Política

Estados Unidos enfrentam aumento do autoritarismo competitivo sob governo Trump

O aumento da retaliação política nos EUA sob Trump revela um preocupante avanço do autoritarismo competitivo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversa com jornalistas na Casa Branca (Foto: Eric Lee/NYT)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversa com jornalistas na Casa Branca (Foto: Eric Lee/NYT)

Ouvir a notícia

Estados Unidos enfrentam aumento do autoritarismo competitivo sob governo Trump - Estados Unidos enfrentam aumento do autoritarismo competitivo sob governo Trump

0:000:00

O autoritarismo contemporâneo se manifesta em líderes eleitos que utilizam instituições públicas para reprimir a oposição. Essa prática é observada em países como Hungria e Venezuela. Nos Estados Unidos, o governo Trump intensificou essa retaliação, utilizando agências governamentais para investigar críticos e ameaçar doadores e veículos de comunicação.

O autoritarismo competitivo é um sistema onde partidos competem nas eleições, mas o abuso de poder por parte de quem está no poder prejudica a oposição. O governo Trump exemplifica essa dinâmica ao mobilizar agências de segurança contra críticos, como Christopher Krebs e Miles Taylor, que desafiaram suas alegações de fraude eleitoral. Além disso, o governo abriu investigações contra a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, e atacou grandes escritórios de advocacia que considera aliados do Partido Democrata.

Os doadores do Partido Democrata também enfrentam retaliações. Em abril, Trump ordenou investigações sobre a plataforma ActBlue, visando enfraquecer a arrecadação de fundos de seus rivais. Essa pressão levou doadores a temerem investigações fiscais e a buscarem assessoria jurídica adicional. A mídia não escapou, com Trump processando veículos como ABC News e CBS News, enquanto politizava a Comissão Federal de Comunicações (FCC) para atacar a mídia independente.

Retaliações e Medidas Punitivas

O governo Trump também direcionou ataques a universidades, abrindo investigações sobre programas de diversidade e ameaçando cortar financiamentos. Instituições como Harvard enfrentaram a revogação de status de isenção fiscal e congelamento de subsídios. O clima de medo se estendeu a políticos republicanos, que relataram ameaças de violência por parte de apoiadores de Trump.

Essas ações aumentaram significativamente o custo da oposição nos Estados Unidos. Embora a retaliação não chegue ao nível de regimes autocráticos como na Rússia, a pressão sobre críticos e opositores se intensificou. A resposta da sociedade civil tem sido tímida, com muitos líderes optando pelo silêncio diante das ameaças.

A resistência ao autoritarismo é possível, como demonstram exemplos de outros países. A sociedade civil americana possui recursos financeiros e organizacionais para enfrentar essa ofensiva. No entanto, a ação coletiva é essencial para compartilhar os custos da resistência e fortalecer as defesas democráticas. A mobilização de cidadãos comuns já tem mostrado resultados, e é crucial que líderes influentes sigam esse exemplo para reverter a tendência autoritária.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela