Política

Agência russa forma jornalistas no Mali enquanto ocidente reduz investimentos em mídia

A influência russa e chinesa na mídia global cresce, enquanto o Ocidente reduz investimentos em jornalismo e enfrenta desinformação.

Imagem mostra o líder chinês Xi Jinping (à direita) ao lado do presidente russo Vladimir Putin (à esquerda) durante as celebrações do Dia da Vitória, no dia 9 de maio. China e Rússia aumentaram influência em outros países. (Foto: Sergei Bobylev/AP)

Imagem mostra o líder chinês Xi Jinping (à direita) ao lado do presidente russo Vladimir Putin (à esquerda) durante as celebrações do Dia da Vitória, no dia 9 de maio. China e Rússia aumentaram influência em outros países. (Foto: Sergei Bobylev/AP)

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Sessenta estudantes se formaram como jornalistas na African Initiative, uma agência de notícias em Bamako, Mali, no ano passado. A formação incluiu aulas online e presenciais, com a promessa de que três deles seriam contratados. Contudo, a agência foi revelada como operada pela inteligência russa, segundo a Forbidden Stories, uma rede de jornalistas investigativos.

A influência de países como Rússia e China na mídia global tem crescido, enquanto os investimentos ocidentais em jornalismo diminuem. Em março, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cortou o financiamento da Voz da América e desmantelou a USAID, que apoiava jornalistas em várias partes do mundo. Orçamentos de emissoras públicas foram reduzidos em países como Austrália, Canadá e França.

Tim Davie, diretor-geral da BBC, alertou sobre o risco à sociedade democrática. Ele pediu um aumento de financiamento para expandir o alcance do Serviço Mundial da BBC. A RT, rede estatal russa, lançou campanhas publicitárias em países como México e Índia, enquanto a Sputnik, outra organização russa, iniciou um serviço voltado para a África.

Expansão da Mídia Estatal

A China também tem ampliado sua presença na África, aumentando o número de escritórios da Xinhua de um punhado para trinta e sete em duas décadas. A agência oferece treinamento e bolsas de estudo para jornalistas africanos, enviando-os para veículos de comunicação chineses. A StarTimes, empresa chinesa, tornou-se o segundo maior serviço de TV digital na África.

As mídias sociais têm sido um campo fértil para a disseminação de notícias chinesas. A CGTN, rede estatal chinesa, é a organização de notícias mais seguida no Facebook, com 125 milhões de seguidores. Apesar do Facebook ser proibido na China, as organizações de notícias chinesas têm utilizado a plataforma para alcançar audiências internacionais.

Além de distribuir conteúdo sob suas marcas, países como a China e a Rússia firmam acordos com veículos locais. A Xinhua, por exemplo, tem um acordo com o Nation Media Group no Quênia, permitindo acesso a várias emissoras e leitores em quatro países africanos. A RT também possui contratos com mais de trinta emissoras de TV africanas para veicular seu conteúdo.

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