Política

Bukele enfrenta crescente autoritarismo e repressão em El Salvador após protestos

A popularidade de Nayib Bukele, presidente de El Salvador, enfrenta desafios com sua crescente imagem autoritária e repressão a protestos.

Nayib Bukele durante sua participação na Conferência de Ação Política Conservadora em Maryland, Estados Unidos, em fevereiro de 2024. (Foto: Jose Luis Magana/AP)

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Nayib Bukele, presidente de El Salvador, enfrenta crescente oposição após adotar medidas autoritárias. Desde o início de seu mandato, em junho de 2019, Bukele se destacou por sua imagem moderna e políticas populistas, incluindo a adoção do Bitcoin. No entanto, sua popularidade começa a ser questionada.

Recentemente, protestos pacíficos foram reprimidos com força militar. Em 12 de maio de 2025, cerca de 150 agricultores se reuniram em frente à residência presidencial, pedindo ajuda para evitar despejos. A resposta do governo foi a intervenção de soldados e policiais, resultando na prisão de cinco líderes do movimento.

Bukele, que se autodenomina "o ditador mais legal do mundo", tem visto sua imagem se transformar. Inicialmente, ele se apresentava como um político moderno, mas agora adota um estilo mais autoritário. Especialistas afirmam que sua política populista evoluiu de uma abordagem generosa para uma postura punitiva, utilizando a força para manter o controle.

Desde que assumiu, Bukele implementou medidas drásticas, como a demissão em massa de funcionários públicos e a manipulação do Judiciário. A implementação de um estado de emergência, renovado mais de 36 vezes, resultou na prisão de quase 80 mil pessoas em um país com 6,3 milhões de habitantes. Organizações de direitos humanos expressam preocupação com as condições nas prisões, onde foram documentadas quase 400 mortes sem condenação.

A resposta de Bukele às críticas tem sido sarcástica, mas sua abordagem se torna cada vez mais repressiva. Em março de 2025, um acordo com os Estados Unidos para abrigar imigrantes indocumentados em prisões de segurança máxima gerou controvérsia. A situação se agravou após a divulgação de negociações secretas com líderes de gangues, levando à fuga de jornalistas do país.

A repressão a protestos e a nova legislação que restringe doações a ONGs são sinais de que Bukele se distancia de sua imagem inicial. Apesar das críticas, sua popularidade permanece alta, com índices de aprovação acima de 80%. Analistas apontam que a percepção pública é complexa, com muitos temendo expressar descontentamento.

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