Política

Famílias de soldados russos desaparecidos na Ucrânia enfrentam desespero e abandono

Famílias de soldados russos desaparecidos na Ucrânia enfrentam desespero e falta de informações, enquanto o governo ignora a situação.

Voluntários ucranianos que recolhem os corpos de pessoas mortas em combate identificam os restos mortais de soldados russos na região de Donetsk, na Ucrânia. (Foto: Tyler Hicks/NYT)

Voluntários ucranianos que recolhem os corpos de pessoas mortas em combate identificam os restos mortais de soldados russos na região de Donetsk, na Ucrânia. (Foto: Tyler Hicks/NYT)

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Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, o desaparecimento de soldados russos tem gerado desespero entre suas famílias. Elvira Kaipova, mãe de Rafael, um soldado que desapareceu em combate em novembro, relata a dificuldade em obter informações sobre seu filho. O Ministério da Defesa russo não fornece dados sobre os desaparecidos, deixando as famílias em um limbo angustiante.

Elvira ficou sem notícias de Rafael por meses. Após insistir com oficiais militares, foi informada que ele estava na ativa e incomunicável. Somente em 1º de novembro, ela soube que ele havia desaparecido. Um oficial da unidade de Rafael confirmou a situação, mas a busca por ele foi considerada impossível. A falta de um esforço organizado para rastrear os soldados desaparecidos é uma constante, segundo analistas e familiares.

Estima-se que o número de soldados desaparecidos chegue a dezenas de milhares. A vice-ministra da Defesa, Anna Tsivilyova, mencionou que quarenta e oito mil parentes enviaram amostras de DNA na esperança de identificar restos mortais. Em contraste, o projeto ucraniano "Quero Encontrar" recebeu mais de oitenta e oito mil pedidos de informação sobre militares russos.

A identificação de corpos é um desafio, com muitos restos mortais aguardando remoção devido à movimentação das linhas de batalha. O necrotério militar em Rostov enfrenta um acúmulo de cerca de quinze mil militares não identificados. Elvira, ao buscar informações, encontrou um cenário de desespero e ineficiência, com famílias chorando e esperando por respostas.

As novas leis permitem que os comandantes declarem um soldado desaparecido após seis meses sem contato, mas as famílias precisam entrar com um processo adicional para que o soldado seja declarado morto. Elvira teme esgotar todas as pistas e não ter mais a quem recorrer. Sua busca por Rafael, que foi convocado para o front após uma escolha entre prisão e combate, continua sem respostas.

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