Lula denuncia genocídio em Gaza e critica postura de Israel em coletiva com Macron

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar Israel, acusando-o de “genocídio premeditado” na Faixa de Gaza. As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa em Paris, ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, nesta quinta-feira, cinco de outubro. Lula destacou a morte de civis, especialmente crianças, e pediu uma investigação sobre os ataques israelenses.

Lula afirmou que a situação em Gaza não pode ser classificada como uma guerra, mas sim como um “genocídio” perpetrado por um exército altamente treinado. Ele também defendeu o reconhecimento do Estado palestino como um “dever moral” e uma exigência política global. As críticas do presidente brasileiro têm gerado tensões diplomáticas entre Brasil e Israel, que nega as acusações e considera as declarações de Lula como antissemitas.

Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota condenando as ações militares de Israel e exigindo uma investigação independente sobre os ataques que resultaram em centenas de civis mortos e feridos. O Itamaraty destacou que o uso da fome como arma de guerra é inaceitável e pediu a cessação imediata dos ataques israelenses.

Durante sua visita a Paris, Lula recebeu um lenço palestino, símbolo de apoio à causa, e expressou sua indignação com a situação em Gaza. Ele enfatizou que a comunidade internacional deve se mobilizar para “dar um basta” aos ataques israelenses. A coletiva ocorreu dias antes de uma conferência da ONU sobre uma solução de dois Estados para o conflito, proposta que tem o apoio da França.