12 de mar 2025
Aplicativo inovador melhora a reabilitação de pacientes com AVC e hemiparesia
Pesquisadores brasileiros criaram um aplicativo para reabilitação pós AVC. O software usa acelerômetro para monitorar e corrigir a postura do usuário. A hemiparesia, alvo do app, causa paralisia parcial e prejuízos na consciência corporal. Testes mostraram que o aplicativo melhora a eficiência do tratamento em reabilitação. O objetivo é disponibilizar o app gratuitamente e coletar dados sobre hemiparesia.
Pesquisadores brasileiros desenvolveram um aplicativo de celular que auxilia na reabilitação de pessoas que sofreram acidente vascular cerebral (AVC) (Foto: Freepik)
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Pesquisadores brasileiros desenvolveram um aplicativo de celular que auxilia na reabilitação de pessoas que sofreram acidente vascular cerebral (AVC). Utilizando um sensor acelerômetro, o aplicativo detecta a inclinação do celular preso à roupa do usuário, permitindo identificar a postura e oferecer orientações para melhorar o alinhamento corporal por meio de comandos de voz, vibrações ou imagens. O dispositivo é voltado para a reabilitação da hemiparesia, uma sequela comum do AVC, que resulta em perda de força muscular ou paralisia parcial em um lado do corpo.
Amanda Polin Pereira, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e primeira autora do artigo publicado na revista JMIR Aging, explica que a hemiparesia compromete a sensibilidade e a percepção espacial, dificultando tarefas cotidianas. O desenvolvimento do software foi liderado por Olibário José Machado Neto, durante seu doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), com apoio da FAPESP e colaboração da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).
Os testes foram realizados em um centro de reabilitação, onde pesquisadores consultaram fisioterapeutas e pacientes para entender as necessidades de tratamento. Pereira destaca que o aplicativo não apenas melhora a postura dos pacientes durante as sessões, mas também permite que os terapeutas se concentrem em outras áreas da reabilitação, aumentando a eficiência do processo. Um estudo para o uso prolongado do aplicativo em casa também está sendo iniciado.
Durante o projeto, foram desenvolvidas três versões do aplicativo. Inicialmente pensado como um dispositivo vestível, a equipe optou por simplificá-lo, criando bolsos em roupas comuns para fixar o celular. Pimentel, professora do ICMC-USP, afirma que a tecnologia é acessível e utiliza recursos de smartphones de baixo custo para monitorar continuamente as posturas, oferecendo feedback visual, tátil e auditivo. O objetivo final é disponibilizar o aplicativo gratuitamente e buscar colaborações para mantê-lo atualizado.
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