14 de mar 2025
Kalil debate espiritualidade e saúde mental com especialistas em programa da CNN
O programa "CNN Sinais Vitais" discute a relação entre espiritualidade e saúde. Estudos mostram que a espiritualidade pode reduzir a mortalidade e melhorar o bem estar. A OMS reconhece a espiritualidade como parte da saúde desde mil novecentos e oitenta e oito. Pesquisas genéticas revelam variantes associadas à mediunidade em médiuns e irmãos. Especialistas alertam sobre riscos de abandonar tratamentos médicos por crenças espirituais.
Dr. Roberto Kalil recebe especialistas para explicar o que a ciência já sabe sobre o impacto de práticas espirituais na saúde (Foto: CNN/Reprodução)
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A relação entre ciência e espiritualidade é frequentemente vista como oposta, mas, segundo Alexander Moreira Almeida, professor-titular de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora, essa visão não é absoluta. Almeida, que participará do programa "CNN Sinais Vitais - Dr. Kalil Entrevista" neste sábado (15), destaca que filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles já buscavam integrar espiritualidade e racionalidade. O conflito entre esses conceitos começou no século 19 e se estendeu pelo século 20, mas atualmente, universidades ao redor do mundo têm se interessado pelo estudo científico da espiritualidade.
O episódio discutirá o impacto da espiritualidade na saúde. Wagner Gattaz, professor da Universidade de São Paulo, menciona que pesquisas indicam que a fé pode melhorar a saúde e reduzir a mortalidade, mesmo em doenças graves. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a espiritualidade como parte do conceito multidimensional de saúde desde 1988. Um estudo de Harvard, que acompanhou mais de 70 mil pessoas por 16 anos, revelou que aqueles que frequentavam grupos religiosos semanalmente apresentaram uma redução de 50% na mortalidade geral.
Gattaz também enfatiza a importância de integrar a espiritualidade nos serviços de saúde, sugerindo que, na Europa, é comum perguntar aos pacientes sobre suas crenças religiosas. Ele defende que esse conforto espiritual deve ser mais valorizado no Brasil. Contudo, os especialistas alertam para os riscos de uma espiritualidade que pode levar à negação de tratamentos médicos, como quando pacientes abandonam cuidados por crenças de que tudo será resolvido espiritualmente.
Os psiquiatras também participaram de um estudo sobre mediunidade, que envolveu médiuns e seus irmãos. Gattaz observou que, embora os irmãos compartilhassem a mesma educação e cultura, apenas os médiuns apresentavam certas variantes genéticas. Almeida complementa que 33 genes foram identificados em muitos médiuns, mas ausentes em seus parentes de primeiro grau, sugerindo uma forte associação genética com a vivência mediúnica. O programa "CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista" será transmitido no sábado, 15 de março, às 19h30, na CNN Brasil.
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