21 de mar 2025
Corredores priorizam saúde e bem-estar em vez de performance nas pistas brasileiras
A corrida se populariza no Brasil, com 13 milhões de praticantes semanais que buscam saúde e bem estar. Conheça suas motivações e hábitos.
A psicóloga Evelyn Sanny, que corre no entorno do Maracanã, encaixa o esporte no seu dia a dia, sem neura. (Foto: Custodio Coimbra)
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Após uma intensa sequência de reuniões, a psicóloga Evelyn Sanny, de 36 anos, decidiu correr para aliviar o estresse e organizar seus pensamentos. Com um histórico de seis anos na corrida, ela considera essa atividade uma forma de meditação, especialmente quando acompanhada de música. Sanny programa quatro treinos semanais, variando entre 5 e 7 quilômetros, mas frequentemente precisa adaptar sua rotina devido ao trabalho e aos cuidados com seu filho, Joaquim, de 12 anos. Para ela, a corrida é um hobby que mantém sua saúde física e mental, sem a pressão de metas competitivas.
Uma pesquisa realizada pela Olympikus e Box1824 revela que 13 milhões de brasileiros correm pelo menos uma vez por semana, com 75% iniciando a prática entre 2021 e 2022. A maioria dos corredores, como Sanny, não se preocupa com o pace ou competições, priorizando a saúde e o bem-estar. 83% dos entrevistados afirmam que correr ajuda a organizar os pensamentos, e 84% estão satisfeitos com as distâncias que percorrem, com uma média semanal de 9,2 quilômetros.
O aposentado Marcos Mayo, de 66 anos, compartilha da mesma filosofia. Ele corre três vezes por semana no Aterro do Flamengo, buscando prazer e saúde. Mayo, que começou a correr por influência da esposa, não se considera um atleta e prefere evitar competições, afirmando que a corrida é uma forma de buscar alegria na vida. Ele também não se preocupa com o pace, utilizando apenas um relógio para medir a quilometragem.
A pesquisa destaca que a corrida no Brasil é inclusiva, abrangendo diversas classes sociais e etnias. Segundo Luísa Bettio, da Box1824, a prática se tornou menos focada na competição e mais voltada para o bem-estar. Márcio Callage, da Vulcabras, complementa que a corrida é acessível a todos, independentemente da distância percorrida, refletindo uma mudança na percepção do esporte no país.
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