25 de abr 2025
Epidemia de solidão afeta jovens nos EUA e na Espanha, revelam estudos recentes
A solidão entre os jovens americanos atinge níveis alarmantes, com apenas 17% se sentindo conectados a uma comunidade. Especialistas apontam para a influência das redes sociais e a crise econômica como fatores que agravam essa desconexão. A falta de interações sociais significativas pode levar a desequilíbrios emocionais, enquanto iniciativas como a diretriz 5 3 1 buscam promover a "fitness social". A situação não é exclusiva dos EUA; na Espanha, a solidão também cresce, afetando cada vez mais jovens.
'Habitación de hotel' de Edward Hopper, pintado em 1931. (Foto: Istock | Getty Images)
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A solidão nos Estados Unidos se tornou uma preocupação crescente, especialmente entre os jovens. Um estudo recente do Instituto de Políticas da Harvard Kennedy School revelou que apenas 17% dos adultos americanos com menos de 30 anos se sentem profundamente conectados a uma comunidade. A pesquisa, que entrevistou mais de dois mil jovens entre 18 e 29 anos, mostra que menos da metade deles sente um senso de pertencimento.
Os especialistas apontam que a solidão autoimposta é um fenômeno complexo. Fatores como o impacto da pandemia, a instabilidade econômica e o aumento dos custos de moradia e educação contribuem para essa desconexão. John Della Volpe, diretor de pesquisa do Instituto, destacou que essa geração enfrentou isolamento durante anos formativos e agora lida com um futuro incerto.
A epidemia de solidão não se limita aos Estados Unidos. Dados de outros países, como a Espanha, indicam que a solidão também afeta os jovens. Um estudo de 2024 revelou que cerca de um em cada quatro jovens espanhóis se sente sozinho, um aumento significativo em relação a anos anteriores. A pesquisa sugere que o uso excessivo de redes sociais pode estar relacionado a essa sensação de isolamento.
Para combater a solidão, especialistas como a cientista social Kasley Killam propõem o método 5-3-1, que sugere interações sociais regulares. A ideia é que, assim como a atividade física, a socialização deve ser praticada para manter a saúde emocional. A pesquisa de Harvard, que acompanha a vida de mais de 700 participantes há 87 anos, confirma que relacionamentos positivos são fundamentais para uma vida longa e feliz.
A solidão autoimposta, embora possa parecer uma escolha individual, tem consequências emocionais significativas. A falta de conexões sociais intermediárias, como vizinhos e colegas de trabalho, pode levar a um aumento da infelicidade. A análise sugere que a interação social, mesmo em ambientes casuais, é crucial para o bem-estar emocional.
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