Dicas práticas para aliviar a ansiedade durante a espera pelo positivo

Muitas mulheres enfrentam dificuldades para engravidar, com taxas de sucesso de 18% a 20% para aquelas com menos de 35 anos. A ansiedade e a pressão social em torno da maternidade são comuns, especialmente quando a espera se prolonga. A ginecologista Renata Lopes, da Maternidade São Luiz Star, explica que, em um ciclo menstrual, há 80% de chance de não ocorrer a gravidez.

A dificuldade para conceber não significa necessariamente infertilidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que uma em cada seis pessoas enfrenta essa condição, que pode ter causas masculinas, femininas ou combinadas. A psicóloga Talita Tatiyuwa ressalta que a concepção é um processo delicado e que a demora não indica problemas. Para lidar com a ansiedade, é essencial buscar suporte emocional e realizar consultas médicas preparatórias.

Dicas para lidar com a ansiedade

Para tornar a jornada da tentativa de engravidar menos angustiante, especialistas sugerem algumas estratégias. Primeiramente, é importante realizar uma consulta médica seis meses antes de iniciar as tentativas. Durante essa consulta, o ginecologista pode solicitar exames e orientações sobre suplementação, vacinas e correção do estilo de vida.

Além disso, manter uma vida equilibrada é fundamental. A coordenadora Roberta Fernandes Ferreira Pinto, que enfrentou três anos de tentativas, destaca a importância de não deixar que a busca pela gravidez consuma toda a vida. Buscar atividades prazerosas e manter a conexão com o parceiro são essenciais para evitar que a relação se torne mecânica.

O papel do suporte emocional

A ansiedade pode ser um obstáculo à gravidez. Um estudo indica que o estresse intenso pode levar à paralisação temporária das menstruações. Por isso, é vital cuidar da saúde emocional. A gestora empresarial Ingrid Anacleto, que ficou grávida após três anos de tentativas, enfatiza a importância de estar mentalmente preparada e de compartilhar sentimentos com pessoas de confiança.

Grupos de apoio também são uma opção valiosa. A analista acadêmica Jessica Lima da Rosa encontrou suporte psicológico em um grupo, o que a ajudou a lidar com perdas gestacionais. Reconhecer e validar os sentimentos é fundamental para enfrentar essa jornada desafiadora.