08 de jul 2025
Jabutis e tartarugas podem sentir emoções como mamíferos e aves, revela estudo
Estudo revela que tartarugas e jabutis podem ter estados de humor duradouros, influenciando seu bem estar e manejo em zoológicos.

Uma tartaruga-cabeçuda retorna ao oceano com um transmissor de satélite conectado por pesquisadores da Sea Turtle Conservancy (Foto: Evan Copper/Sea Turtle Conservancy)
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Um estudo da Universidade de Lincoln, publicado na revista Animal Cognition, revela que tartarugas e jabutis possuem estados de humor duradouros, desafiando a crença de que esses répteis não têm emoções complexas. A pesquisa sugere que esses animais podem ser otimistas ou pessimistas, dependendo de seu bem-estar.
Os pesquisadores analisaram 15 jabutis-pés-vermelhos (Chelonoidis carbonaria), comuns na América do Sul, incluindo o Brasil. Utilizando um teste cognitivo adaptado de humanos, a equipe observou como os jabutis reagiam a situações ambíguas. Os resultados indicaram que os jabutis em ambientes mais estimulantes tendiam a interpretar essas situações de forma mais positiva, sugerindo um estado emocional favorável.
Além disso, os jabutis que tomaram decisões mais otimistas durante os testes apresentaram menos sinais de ansiedade quando expostos a novos objetos ou ambientes. Essa relação entre humor e comportamento reforça a ideia de que estados afetivos podem ser mais comuns entre os animais do que se pensava anteriormente.
Implicações para o Bem-Estar Animal
O estudo também tem implicações significativas para o bem-estar animal e a legislação. No Reino Unido, a Lei do Bem-Estar Animal (Sentience) de 2022 já reconhece a capacidade dos animais de sentir, influenciando políticas públicas e práticas de manejo. O professor Oliver Burman, coautor do estudo, destaca que esse avanço é crucial para repensar como tratamos répteis em zoológicos e criadouros.
A pesquisa amplia a compreensão sobre a evolução das emoções e sugere que a capacidade de sentir estados emocionais pode ser mais disseminada entre as espécies do que se acreditava. Essa nova perspectiva pode levar a mudanças nas práticas de manejo e na forma como a sociedade percebe a vida emocional dos répteis.
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