01 de jun 2025
Neutralidade no Oceano Pacífico dificulta previsões climáticas no Brasil
Neutralidade nas águas do Pacífico dificulta previsões climáticas no Brasil, aumentando a frequência de eventos extremos.
Mapa mostra valores de temperatura próximos à média no Oceano Pacífico Equatorial, indicando neutralidade. (Foto: Reprodução/NOAA)
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O clima global, especialmente no Brasil, é impactado por fenômenos como El Niño e La Niña, que alteram a distribuição de chuvas e temperaturas. Atualmente, as águas do Oceano Pacífico estão em condições neutras, com 74% de chance de manter essa neutralidade durante o inverno. Essa situação torna as previsões climáticas mais desafiadoras, com eventos extremos se tornando mais frequentes devido ao aquecimento global.
Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), entre junho e agosto, não se esperam fenômenos anormais de aquecimento ou resfriamento nas águas do Pacífico. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) destaca que a neutralidade do sistema El Niño-Oscilação Sul (ENSO) dificulta a previsão climática, pois a circulação atmosférica global é alterada.
Quando o El Niño está ativo, o Brasil enfrenta secas prolongadas no Norte e Nordeste, enquanto o Sul pode sofrer com chuvas intensas. Em contraste, o La Niña provoca chuvas mais intensas na Amazônia e secas no Sul, afetando severamente as safras agrícolas.
Nas últimas semanas, especialistas observaram a manutenção da neutralidade nas águas do Pacífico, com temperaturas apenas 0,16ºC abaixo da média em abril. A previsão é que essa neutralidade permaneça ativa durante o inverno no hemisfério sul, com chances superiores a 50% entre agosto e outubro. A ausência de fenômenos como El Niño e La Niña torna o clima mais imprevisível, com padrões climáticos que não seguem uma direção clara.
O Inmet alerta que, mesmo em condições neutras, fatores regionais podem influenciar a dinâmica atmosférica. Isso pode resultar em episódios de frio intenso ou chuvas mal distribuídas. O aquecimento global também está alterando a frequência e intensidade dos fenômenos climáticos, aumentando a probabilidade de eventos extremos, como ondas de calor e enchentes.
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