Saúde

Exossomos: da promessa de beleza à pesquisa científica promissora

Exossomos são promovidos como tratamentos estéticos, mas carecem de comprovação científica. Mais de 400 ensaios clínicos estão em andamento para explorar seu potencial terapêutico. Pesquisadores investigam exossomos para diagnósticos e entrega de medicamentos em doenças neurológicas. Exossomos podem ajudar a entender sinais celulares, como presença de tumores. A pesquisa sobre exossomos está em crescimento, prometendo avanços significativos em cinco anos.

Ilustração representando uma seção transversal de um exossomo, exibindo proteínas e mRNA dentro dele. (Foto: Getty Images)

Ilustração representando uma seção transversal de um exossomo, exibindo proteínas e mRNA dentro dele. (Foto: Getty Images)

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Nos últimos meses, o interesse por exossomos cresceu, especialmente como tratamentos estéticos e terapias para diversas condições de saúde, incluindo queda de cabelo, envelhecimento da pele e doenças graves como Alzheimer e long covid. Apesar de muitos consumidores investirem milhares de reais em terapias não comprovadas, especialistas alertam que os exossomos são, na verdade, pequenas partículas que se desprendem das células e contêm uma mistura de proteínas e outros componentes ainda não totalmente compreendidos.

Pesquisadores estão investigando o papel dos exossomos na comunicação celular e seu potencial para diagnóstico e tratamento de doenças. Um exemplo é o uso de exossomos para entregar medicamentos diretamente ao cérebro de pacientes com distúrbios neurológicos raros. Embora essas aplicações clínicas possam demorar a se concretizar, elas prometem ser baseadas em evidências científicas, ao contrário das promessas feitas por clínicas estéticas.

Os exossomos, classificados como vesículas extracelulares, são vistos como portadores de sinais importantes entre células e tecidos. Cientistas acreditam que a análise de exossomos isolados de amostras de sangue pode revelar informações sobre a saúde celular, como a presença de tumores ou o estado de estresse das células. O biólogo do câncer Raghu Kalluri destaca que esses exossomos podem fornecer uma "impressão digital forense" do que as células estão enfrentando.

Além de seu potencial diagnóstico, os exossomos também são explorados como veículos para tratamentos. Por serem produzidos pelo corpo, têm menor chance de serem rejeitados pelo sistema imunológico. Pesquisadores como Dave Carter, da Evox Therapeutics, estão manipulando exossomos para carregar terapias genéticas e proteínas, visando o tratamento de doenças neurológicas raras. Enquanto isso, estudos preliminares indicam que exossomos derivados de células-tronco podem ter propriedades regenerativas, oferecendo esperança para condições cardíacas e pulmonares.

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