Saúde

Médico desafia normas sobre higiene e revela: 'Quanto é realmente necessário para a saúde?'

O Dr. James Hamblin questiona a necessidade de produtos de higiene excessivos. O mercado de beleza nos EUA superou R$ 100 bilhões em 2024, refletindo tendências. Hamblin destaca que a limpeza excessiva pode prejudicar o microbioma da pele. A pandemia alterou percepções sobre higiene, priorizando a eliminação de germes. O autor defende que a escolha de produtos deve ser pessoal, não apenas estética.

Para algumas pessoas, apenas se enxaguar é o suficiente, enquanto outras pessoas preferem a experiência completa de cuidados, do início ao fim (Foto: ViktorCap/iStockphoto/Getty Images/File via CNN Newsource)

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A pele, considerada o maior órgão do corpo humano, possui uma área que varia entre 1,4 a 1,9 metro quadrado. Algumas estimativas sugerem que essa medida pode ser até dez vezes maior ao considerar as dobras dos folículos capilares e dutos sudoríparos. Ela desempenha um papel crucial como a primeira linha de defesa do organismo, mantendo o exterior fora e o interior protegido. O mercado de produtos de beleza e cuidados pessoais nos Estados Unidos ultrapassou 100 bilhões de dólares em 2024, refletindo a crescente demanda por itens que prometem manter a pele limpa e saudável.

O Dr. James Hamblin, médico especializado em medicina preventiva, questiona a real necessidade de tantos produtos de higiene. Em seu podcast, ele indaga: “Quanto disso é realmente necessário para a saúde?” Para explorar essas questões, Hamblin decidiu parar de tomar banho por cerca de cinco anos, um experimento que documentou em seu livro, Clean: The New Science of Skin. Ele enfatiza que, embora tenha adotado uma abordagem minimalista, não ficou completamente sem cuidados durante esse período.

Hamblin destaca que muitos produtos de cuidados pessoais são promovidos com uma aura de saúde, mas muitas vezes são apenas estratégias de marketing. Ele explica que o sabonete é útil para dissolver sujeira, mas a força mecânica da fricção é o que realmente remove a maior parte da sujeira. Além disso, ele alerta que a lavagem excessiva pode prejudicar o equilíbrio do microbioma da pele, que interage com o corpo e o ambiente externo, podendo agravar condições inflamatórias como acne e eczema.

A distinção entre higiene e limpeza é fundamental, segundo Hamblin. A higiene envolve práticas que previnem a transmissão de doenças, enquanto a limpeza é uma questão mais pessoal e estética. Ele observa que a percepção do que constitui um "banho adequado" varia amplamente entre as pessoas, influenciada por normas sociais e marketing. Com a pandemia de Covid-19, o foco na eliminação de germes eclipsou o interesse pelo microbioma da pele, mas Hamblin acredita que essa perspectiva está mudando, com um retorno gradual à valorização de micróbios saudáveis na pele.

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