Saúde

Cresce a aceitação da reposição hormonal entre homens em busca de bem-estar e saúde

O uso de testosterona sintética aumentou 670% no Brasil em cinco anos. Conselho Federal de Medicina proibiu prescrição da substância para estética. Homens acima de 40 anos buscam reposição hormonal devido à queda natural. Prescrições nos EUA devem crescer de 7,3 milhões em 2019 para 11 milhões em 2024. Uso inadequado de testosterona pode causar sérios efeitos colaterais à saúde.

PRESCRIÇÃO - Injeções, implantes e géis: o uso de testosterona só é recomendado após criteriosa análise médica (Foto: Javier Zayas Photography/MOMENT/Getty Images)

PRESCRIÇÃO - Injeções, implantes e géis: o uso de testosterona só é recomendado após criteriosa análise médica (Foto: Javier Zayas Photography/MOMENT/Getty Images)

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O uso de testosterona sintética tem se tornado cada vez mais comum entre homens que buscam melhorar sua aparência e desempenho físico. Desde sua descrição em 1935, a testosterona, hormônio que confere características masculinas, passou a ser utilizada em forma de injeções e géis, muitas vezes sem supervisão médica. A Anvisa reporta um aumento de 670% nas vendas de produtos com testosterona nos últimos cinco anos, o que levou o Conselho Federal de Medicina a proibir sua prescrição para fins estéticos, devido aos riscos à saúde.

Embora o preconceito em relação à prescrição de testosterona para reposição hormonal esteja diminuindo, é importante destacar que a administração do hormônio deve ser feita apenas após uma avaliação criteriosa. A produção de testosterona no corpo masculino começa a diminuir a partir dos 40 anos, podendo resultar em sintomas como fadiga e perda de libido. O endocrinologista Alexandre Hohl afirma que a reposição é válida quando há uma carência hormonal diagnosticada, afetando cerca de 2% dos homens.

Apesar da conscientização sobre os riscos, muitos brasileiros continuam a buscar tratamentos com testosterona, que prometem melhorias na vida sexual e na aparência. No entanto, o uso inadequado pode levar a efeitos colaterais graves, como queda de cabelo, acne e infertilidade. Um estudo recente indica que usuários de hormônios anabolizantes têm um risco de morte precoce três vezes maior do que não usuários.

A avaliação da necessidade de reposição hormonal deve considerar o contexto completo do paciente. Exames isolados de testosterona podem não ser suficientes, pois condições como obesidade e diabetes podem afetar os níveis do hormônio. A endocrinologista Leandra Negretto ressalta que, ao tratar essas condições, os níveis hormonais podem se normalizar. Assim, a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação adequada e exercícios, é fundamental para o bem-estar.

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