05 de mar 2025
Pandas gigantes revelam segredos sobre sua dieta herbívora através de microARN do bambu
Estudo revela que microARNs do bambu influenciam dieta dos pandas gigantes. Pesquisadores identificaram 57 microARNs em amostras de sangue de pandas. MicroARNs ajustam dopamina, afetando preferências alimentares dos pandas. Conservação do panda gigante é vital; espécie é considerada vulnerável. Iniciativas da WWF e zoológicos ajudam a proteger habitats e reproduzir pandas.
A panda gigante Mang Zai e seu filho Mang Cancan comem bambu no zoológico de Chongqing, China, em 23 de fevereiro de 2025. (Foto: CFOTO/Future Publishing via Getty Images)
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O panda gigante, um verdadeiro urso, é um carnívoro que se adapta a uma dieta predominantemente herbívora, com o bambú como alimento principal. Apesar de não possuir enzimas para digerir a celulose, ele passa até 14 horas por dia mastigando essa planta. Um estudo recente publicado na revista Frontiers in Veterinary Science sugere que o microARN do bambu pode influenciar a resposta dos pandas a esse alimento, ajustando seus níveis de dopamina e, consequentemente, suas preferências alimentares.
Pesquisadores da Universidade Normal do Oeste da China analisaram amostras de sangue de sete pandas gigantes e identificaram 57 microARN derivados do bambu. Esses microARN, que são moléculas que regulam processos de desenvolvimento em plantas, podem também afetar o olfato e o gosto dos pandas, impactando seus hábitos alimentares. O estudo revela que, ao longo da vida, os pandas acumulam essas moléculas, que regulam diversos processos fisiológicos, como crescimento e comportamento.
A adaptação do panda gigante à dieta herbívora é um tema de interesse para cientistas. Em 2009, foi descoberto que o panda não possui os genes necessários para digerir vegetais. Além disso, análises do microbioma intestinal mostraram que seus intestinos contêm microbios típicos de carnívoros. O especialista Alejandro Cabrera afirma que o bambu pode atravessar as células sanguíneas, facilitando a metabolização da dopamina, o que leva o panda a continuar consumindo essa planta.
Atualmente, a União Internacional para a Conservação da Natureza classifica o panda gigante como vulnerável. Desde a década de 1980, a WWF tem trabalhado na conservação da espécie, protegendo mais de 70% de seus habitats naturais na China. O Zoo Aquarium de Madrid também contribui para a conservação, tendo criado com sucesso seis pandas gigantes, um feito histórico para zoológicos europeus.
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