Saúde

Maratonistas utilizam a insulação das células cerebrais como combustível durante a corrida

Maratonistas apresentam queda temporária nos níveis de myelin no cérebro após corridas, sugerindo uso como fonte de energia. Estudo revela recuperação em dois meses.

Corredores de maratona viram os níveis de mielina caírem temporariamente após a corrida em áreas do cérebro envolvidas no controle motor e no processamento sensorial e emocional. (Foto: Saeed Khan/AFP/Getty)

Corredores de maratona viram os níveis de mielina caírem temporariamente após a corrida em áreas do cérebro envolvidas no controle motor e no processamento sensorial e emocional. (Foto: Saeed Khan/AFP/Getty)

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Maratonistas apresentaram uma redução temporária nos níveis de mielina em áreas do cérebro relacionadas ao controle motor, percepção sensorial e processamento emocional após as corridas. Essa substância, que isola os sinais elétricos entre as células nervosas, pode também servir como fonte de energia para o cérebro em momentos de baixa reserva. A pesquisa, liderada por Carlos Matute, neurocientista da Universidade do País Basco, foi publicada na revista Nature Metabolism.

Os cientistas realizaram exames de ressonância magnética em dez corredores, antes e depois de maratonas na Espanha, e observaram que os níveis de mielina diminuíram em doze regiões cerebrais após as provas. Matute destacou que, embora a redução tenha sido pequena, foi significativa e ocorreu em áreas ativas durante a corrida. O estudo sugere que a utilização e a reposição da mielina podem ser benéficas, pois exercitam a maquinaria metabólica do cérebro.

A equipe de Matute está investigando se essa diminuição temporária na mielina afeta a função cognitiva, mas até agora não encontraram evidências de mudanças significativas. O especialista acredita que o processo de remielinização, que ocorre rapidamente, pode ensinar o cérebro a se reparar de forma eficiente, o que seria vantajoso para a saúde cerebral.

A ideia para o estudo surgiu durante o treinamento de Matute, que já completou dezoito maratonas. Ele se questionou sobre como os corredores conseguem enfrentar tais desafios físicos. Com a mielina representando até 40% do peso do sistema nervoso central, a pesquisa abre novas possibilidades sobre seu papel na energia cerebral, especialmente em condições de estresse físico intenso.

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