Castanha do baru se destaca como superalimento nativo e sustentável no Brasil

A castanha do baru, nativa do Cerrado brasileiro, está se destacando por seus benefícios nutricionais e propriedades antioxidantes. Pesquisadores do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) e da Universidade Federal de Goiás (UFG) estão estudando o fruto, que é pouco consumido in natura. A castanha representa apenas cinco por cento da massa total do fruto, enquanto a polpa, frequentemente descartada, possui alta concentração de fibras, vitamina C e minerais.

A nutricionista Gracieli de Miranda Monteiro, do IFNMG, destaca que a polpa do baru pode ser transformada em farinha, enriquecendo pães e biscoitos. O objetivo da pesquisa é estimular o uso integral do fruto, reduzindo desperdícios e impactos ambientais. Gabriela Mieko Yoshimura, nutricionista esportiva, ressalta que essa prática também promove a sustentabilidade da cadeia produtiva e gera oportunidades econômicas para comunidades locais.

A castanha do baru é rica em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a equilibrar os níveis de colesterol. Seu consumo pode ser feito de diversas formas, como crua, torrada ou triturada em saladas e iogurtes. A castanha é apreciada por chefs e já é utilizada em receitas tradicionais, como o pé-de-moleque.

Outras castanhas brasileiras, como o amendoim, a castanha-de-caju e a castanha-do-pará, também oferecem benefícios nutricionais. O amendoim, classificado como leguminosa, é rico em vitamina E e fitoesteróis, que ajudam a equilibrar o colesterol. A castanha-de-caju é fonte de gorduras saudáveis e minerais, enquanto a castanha-do-pará é conhecida pela alta concentração de selênio, importante para a saúde cerebral.