Saúde

Gado da Ilha Amsterdã revela adaptações surpreendentes após feralização na natureza

População de gado da Ilha Amsterdã, adaptada a um ambiente hostil, foi erradicada em 2010 sem coleta de amostras, levantando dilemas éticos.

Foto de um lago em um dia ensolarado, com uma pessoa vestindo uma camiseta preta com um motivo de peixe. (Foto: Reprodução)

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A Ilha Amsterdã, localizada no Oceano Índico, abrigou uma população de gado que se tornou selvagem após ser abandonada no século XIX. Estudos genéticos recentes revelaram que essa população era composta por descendentes de raças europeias e zebus. A erradicação do gado em 2010 levantou questões éticas sobre conservação, pois foi realizada sem coleta de amostras biológicas.

Os gados foram deixados na ilha em 1871 por um fazendeiro chamado Heurtin e sua família, que partiram da Ilha da Reunião. Eles tentaram iniciar um negócio de criação de gado, mas retornaram devido às difíceis condições climáticas, deixando os animais para trás. A população cresceu para quase 2 mil cabeças em poucas décadas, adaptando-se ao ambiente inóspito.

A análise genética de dezoito animais revelou que 75% de sua composição genética era de raças taurinas europeias, como o gado Jersey, e 25% de zebus. Essa diversidade genética pode ter contribuído para a adaptação bem-sucedida dos bovinos à ilha. Surpreendentemente, a saúde da população permaneceu boa, sem acúmulo significativo de mutações deletérias.

Questões Éticas e Conservação

A erradicação do gado em 2010 foi justificada por preocupações com o impacto ambiental, mas não considerou os serviços ecossistêmicos que os animais prestavam. Apesar de esforços anteriores para controlar a população, a decisão de abate total foi tomada sem consulta à comunidade científica. Em 2024, um projeto de restauração ecológica foi implementado, mas a necessidade da erradicação total permanece questionável.

A situação destaca a importância de preservar o patrimônio genético de populações selvagens e a necessidade de uma abordagem mais ética nas decisões de conservação. A falta de coleta de amostras biológicas antes do abate levanta preocupações sobre a perda de informações valiosas sobre a adaptação e evolução dessa população bovina única.

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