Saúde

Cresce a busca por enforcamento sexual, mas especialistas alertam para os riscos

Cresce a prática de asfixiofilia entre jovens, mas especialistas alertam para os riscos à saúde, como hipóxia e lesões neurológicas.

Foto tirada em 16 de maio de 2025, mostra a equipe de resgate trabalhando em uma área afetada por deslizamentos de terra. (Foto: Reprodução)

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A prática de asfixiofilia, que envolve restringir a passagem de ar durante o sexo, tem ganhado destaque nos últimos anos, especialmente entre mulheres jovens. Um estudo de 2023 revelou que entre 56% e 64% das mulheres entre 18 e 30 anos relataram ter sido enforcadas durante o ato sexual, com ou sem consentimento. A pesquisa, conduzida pela professora Debby Herbenick da Universidade de Indiana, entrevistou quatro mil pessoas e destacou a prevalência da prática entre minorias étnicas e a comunidade LGBTQIAPN+.

O aumento do interesse pela asfixiofilia está ligado à maior abertura para discutir sexualidade e ao acesso irrestrito à pornografia. Claudia Petry, terapeuta e educadora sexual, aponta que a curiosidade e o desejo por experiências intensas são fatores que impulsionam essa busca. A prática, que faz parte do BDSM (Bondage, Disciplina, Sadismo e Masoquismo), requer consentimento mútuo e cuidados específicos.

Riscos e Precauções

As especialistas alertam para os riscos associados à asfixiofilia, como a hipóxia, que pode causar desmaios e lesões neurológicas permanentes. Claudia Petry enfatiza que a força aplicada deve ser controlada e que nunca se deve pressionar diretamente a traqueia. Além disso, a prática sob efeito de álcool ou drogas é extremamente perigosa.

Caroline Busarello Brüning, psicóloga especialista em sexualidade, destaca que muitos jovens não têm supervisão ao acessar conteúdos pornográficos, o que pode levar a comportamentos de risco. Ela alerta que a falta de informação sobre os perigos pode resultar em consequências graves, como fraturas na laringe e até morte.

Comunicação e Consentimento

O diálogo aberto entre parceiros é fundamental para a prática segura da asfixiofilia. Ambas as especialistas concordam que compartilhar informações e discutir limites é essencial. Claudia ressalta que a insistência em práticas que não são confortáveis para um dos parceiros pode causar traumas e quebra de confiança.

A educação sexual e o respeito mútuo são chaves para garantir que todos se sintam seguros e confortáveis durante a relação. Caroline reforça que é importante que as mulheres se sintam à vontade para dizer "não" e priorizem seu bem-estar.

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