Saúde

Cientistas identificam circuito cerebral que diferencia realidade de imaginação

Cientistas da University College London descobriram um circuito neural que distingue estímulos visuais reais de imaginados, revelando um "filtro de realidade".

Experimentos com ressonância magnética ajudam a entender por que nem tudo o que vemos é fruto da nossa imaginação. (Foto: Yingyaipumi/AdobeStock/Reprodução)

Experimentos com ressonância magnética ajudam a entender por que nem tudo o que vemos é fruto da nossa imaginação. (Foto: Yingyaipumi/AdobeStock/Reprodução)

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Pesquisadores da University College London identificaram um circuito neural que permite ao cérebro distinguir entre estímulos visuais reais e imaginados. A descoberta, publicada na revista Neuron, revela um "filtro de realidade" que pode falhar em casos de alucinações.

Estudos anteriores já mostraram que áreas semelhantes do cérebro são ativadas tanto para estímulos reais quanto imaginados. No entanto, a forma como o cérebro diferencia esses estímulos não era bem compreendida. Para investigar, os cientistas recrutaram 26 voluntários e utilizaram exames de ressonância magnética enquanto os participantes realizavam uma tarefa visual simples.

Os voluntários observaram blocos cinzas na tela e, em alguns casos, imaginaram linhas diagonais sobre eles. Os pesquisadores analisaram a atividade cerebral e descobriram que o giro fusiforme, uma região associada à visão, se tornava mais ativa conforme a imagem era percebida com mais clareza, seja real ou imaginada. Essa área funciona como um medidor de intensidade visual.

Quando a intensidade do sinal visual ultrapassava um certo limite, a ínsula anterior era ativada. Essa região está envolvida em julgamentos rápidos e avaliação de relevância, atuando como um filtro que ajuda o cérebro a decidir se o que está sendo visto é real ou apenas uma imaginação. Essa descoberta é fundamental para entender distúrbios que envolvem alucinações visuais, como em pacientes com esquizofrenia ou Parkinson.

Os pesquisadores agora planejam estudar esse circuito em pacientes que apresentam alucinações, buscando desenvolver estratégias mais eficazes para diagnóstico e tratamento. Compreender como o cérebro separa realidade e imaginação é crucial para elucidar o funcionamento da consciência humana.

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