14 de jan 2025
Nova abordagem para diagnosticar obesidade propõe alternativas ao IMC e prioriza tratamento adequado
Proposta do The Lancet redefine diagnóstico da obesidade, apoiada por 75 organizações. Novo método inclui medidas de gordura corporal, além do Índice de Massa Corporal (IMC). Obesidade é dividida em clínica e pré clínica, visando tratamentos adequados. Especialistas criticam o IMC por não refletir a saúde individual e a distribuição de gordura. Abordagem inovadora promete otimizar recursos de saúde e priorizar quem mais precisa.
Comissão propõe nova abordagem para diagnosticar obesidade, que vai além do IMC (Foto: TuiPhotoengineer/GettyImages)
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Uma nova proposta publicada no jornal científico The Lancet Diabetes & Endocrinology e apoiada por 75 organizações médicas ao redor do mundo sugere uma abordagem inovadora para o diagnóstico da obesidade. Os autores defendem que, além do Índice de Massa Corporal (IMC), devem ser consideradas medidas de gordura corporal e sinais objetivos de problemas de saúde. Atualmente, mais de um bilhão de pessoas no mundo convivem com obesidade, e a proposta visa estabelecer uma definição universal e um método mais preciso para seu diagnóstico.
A Comissão sobre Obesidade Clínica, responsável pela proposta, busca superar as limitações do diagnóstico tradicional, que frequentemente resulta em pessoas não recebendo o tratamento necessário. O presidente da Comissão, Francesco Rubino, destaca que a discussão sobre a obesidade como doença é complexa, afirmando que "considerar a obesidade apenas como um fator de risco pode negar injustamente o acesso a cuidados". A nova abordagem permite cuidados personalizados e acesso a tratamentos baseados em evidências.
Os especialistas sugerem que o diagnóstico da obesidade não deve se basear apenas no IMC, mas incluir medições como circunferência da cintura e relação cintura-quadril. O IMC, embora útil, não reflete a distribuição de gordura e não fornece informações sobre a saúde individual. Ricardo Cohen, coautor da publicação, ressalta que o IMC não determina se um indivíduo tem doença, enquanto Cynthia Valerio aponta que o índice pode não ser representativo para todas as etnias.
A proposta também introduz duas novas categorias de obesidade: clínica e pré-clínica. A obesidade clínica é caracterizada por sinais de disfunção orgânica, enquanto a pré-clínica indica um risco aumentado de desenvolver doenças crônicas, mas sem sintomas atuais. A distinção entre essas categorias pode otimizar o tratamento e priorizar aqueles que mais necessitam de intervenção. Especialistas consideram a proposta um avanço significativo, permitindo um manejo mais eficaz da obesidade e contribuindo para a saúde pública.
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