17 de jan 2025
Câncer entre mulheres jovens cresce 82% em relação aos homens, aponta estudo da ACS
Taxas de mortalidade por câncer nos EUA caíram 34% entre 1991 e 2022. A incidência de câncer em mulheres jovens aumentou 82% em relação aos homens. Disparidades raciais persistem, com mulheres negras enfrentando maiores riscos. Câncer de pâncreas continua a aumentar, com baixa taxa de sobrevivência de 8%. Aumento da obesidade e consumo de álcool são fatores de risco emergentes.
"Embora as mortes por câncer estejam diminuindo, um novo relatório mostra que a incidência de câncer está aumentando em mulheres e jovens. (Foto: Mariano Garcia Gaspar/Getty Images)"
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As taxas de mortalidade por câncer nos Estados Unidos diminuíram 34% entre 1991 e 2022, conforme o relatório da Sociedade Americana do Câncer (ACS) publicado em 16 de janeiro. Essa redução é atribuída principalmente à queda nas incidências de câncer de pulmão, colorretal, mama e próstata. No entanto, o número de novos casos, conhecido como incidência, aumentou em várias categorias, especialmente entre mulheres e adultos jovens. O relatório destaca que, pela primeira vez, a incidência de câncer em mulheres de 50 a 64 anos superou a dos homens, e a taxa entre mulheres abaixo de 50 anos é 82% maior que a dos homens, um aumento significativo em relação a 2002.
O câncer de pâncreas continua a ser uma preocupação crescente, com uma taxa de sobrevivência de apenas 8% em cinco anos para tumores exócrinos. A dificuldade em diagnosticar precocemente essa doença, que não possui testes de triagem eficazes, contribui para a alta mortalidade. O relatório estima que, em 2025, haverá 2.041.910 novos diagnósticos de câncer nos EUA, resultando em 618.120 mortes. Apesar do aumento esperado nos casos, a taxa de mortalidade continua a cair, evitando cerca de 4,5 milhões de mortes desde 1991.
Especialistas apontam que o aumento da incidência de câncer entre mulheres jovens pode estar ligado a fatores como consumo de álcool, obesidade e sedentarismo. A ACS observa que 10% dos casos de câncer em mulheres estão associados ao excesso de peso. Além disso, as disparidades raciais nos resultados do câncer são alarmantes, com taxas de mortalidade significativamente mais altas entre nativos americanos e negros em comparação aos brancos. A ACS enfatiza a necessidade de melhorar o acesso a cuidados e triagens para grupos sub-representados.
As irmãs Charmella e Kiki Roark exemplificam a crescente incidência de câncer entre mulheres jovens. Ambas foram diagnosticadas com câncer de mama em idades relativamente jovens, refletindo a tendência de diagnósticos mais frequentes em mulheres abaixo de 50 anos. O relatório sugere que, embora a idade continue sendo um fator de risco, a mudança nas taxas de incidência entre faixas etárias mais jovens requer uma investigação mais aprofundada sobre os fatores que contribuem para essa realidade, incluindo hábitos de vida e fatores ambientais.
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