Taxa de mortalidade por câncer continua a cair nos EUA, mas diagnósticos entre mulheres aumentam

Nos últimos 20 anos, as taxas de mortalidade por câncer nos Estados Unidos têm apresentado uma tendência de queda. De acordo com o relatório anual sobre o status do câncer, as mortes relacionadas à doença diminuíram em cerca de 1,7% para homens, 1,3% para mulheres e 1,5% para crianças entre 2018 e 2022.

Embora as taxas de mortalidade tenham caído, o relatório revela um aumento nos diagnósticos de câncer entre mulheres durante o mesmo período. A pandemia de COVID-19 impactou esses avanços, resultando em diagnósticos tardios devido a barreiras no acesso aos cuidados médicos e a exames de triagem perdidos.

Cânceres associados à obesidade, como os de mama, útero e cólon, estão em ascensão, especialmente entre mulheres de grupos étnicos minoritários. O relatório destaca que, de 2017 a 2021, as taxas de diagnóstico foram mais altas entre mulheres indígenas americanas e nativas do Alasca.

Os especialistas afirmam que a cessação do tabagismo e melhorias nos programas de triagem contribuíram para a redução das taxas de mortalidade. O oncologista Jack Jacoub enfatiza que estilos de vida saudáveis e a detecção precoce são cruciais para melhorar os resultados do tratamento.

Acesso à saúde é um tema central, com especialistas alertando que a falta de recursos pode levar a um aumento nas taxas de câncer em populações com menor acesso a cuidados. O cirurgião oncológico Anton Bilchik ressalta que a educação e a melhoria do acesso são essenciais para enfrentar essas disparidades.

A triagem regular é fundamental para detectar o câncer em estágios iniciais, aumentando as chances de cura. Os médicos recomendam que mulheres e indivíduos em risco adotem hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática de exercícios, para reduzir o risco de câncer.