17 de jan 2025
FDA proíbe corante vermelho número 3 em alimentos e medicamentos devido a riscos de câncer
A FDA revogou a autorização do corante vermelho número 3, eritrosina, por riscos cancerígenos. Fabricantes têm até janeiro de 2027 e farmacêuticas até 2028 para adequações. Anvisa mantém uso permitido no Brasil, mas avaliará novas evidências científicas. A decisão reflete crescente demanda por segurança alimentar e revisão de corantes. Corante sintético é comum em alimentos, mas alternativas naturais estão sendo consideradas.
RED N.3 - Eritrosina: Estados Unidos proíbem o corante alimentar (Foto: Martin Sylvest Andersen/Getty Images)
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Na última semana, a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) revogou a autorização para o uso do corante vermelho número 3, conhecido como eritrosina no Brasil, em alimentos e medicamentos orais. Essa decisão, que não impacta o Brasil, foi motivada por uma petição de organizações de saúde que alertaram sobre os riscos associados ao corante, que deve ser retirado dos produtos até janeiro de 2027 para alimentos e até 2028 para medicamentos.
Embora a FDA afirme que não há estudos que comprovem efeitos negativos em humanos, a revogação se baseia em pesquisas que indicam que o corante pode causar câncer em ratos. A Cláusula Delaney, que proíbe a aprovação de aditivos que induzam câncer, foi citada na decisão. A nutricionista Camille Perella Coutinho destacou que a proibição é resultado de décadas de pesquisa sobre os danos potenciais da eritrosina, que já havia sido banida em cosméticos em 1990.
No Brasil, a Anvisa mantém a autorização para o uso da eritrosina em algumas categorias de alimentos e medicamentos. A agência afirmou que irá analisar as evidências que motivaram a decisão da FDA, mas até o momento não há preocupações de segurança para o consumo humano. A crescente demanda por segurança alimentar está levando a um escrutínio mais rigoroso sobre diversos aditivos, incluindo o dióxido de titânio e conservantes.
A eritrosina, um corante sintético derivado do petróleo, é amplamente utilizada em produtos como doces e bebidas. Apesar de sua popularidade, o movimento por uma alimentação mais saudável questiona o uso de corantes artificiais. Especialistas sugerem alternativas naturais, como antocianinas, mas alertam que a transição pode enfrentar desafios em termos de custo e estabilidade.
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