Saúde

Campanha 'Janeiro Roxo' destaca a importância do diagnóstico precoce da hanseníase

Francisco Faustino Pinto, diagnosticado com hanseníase aos 18 anos, é militante. Campanha "Janeiro Roxo" visa conscientizar sobre a hanseníase e combater estigmas. Abandono do tratamento aumentou de 4,5% em 2014 para 8% em 2023, preocupante. Brasil é o segundo em novos casos de hanseníase, com alta endemicidade em regiões. Ações do Programa Brasil Saudável buscam eliminar doenças em áreas vulneráveis.

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Francisco Faustino Pinto, de 54 anos, é um militante da causa do enfrentamento da hanseníase, doença infecciosa crônica que, apesar de tratável, ainda representa um desafio de saúde pública no Brasil. Diagnosticado aos 18 anos, após anos de sintomas, ele enfrentou não apenas a doença, mas também o preconceito social. Faustino, que teve apoio familiar, destaca que a falta de conhecimento gera estigmas, afirmando: “As pessoas temem o que não conhecem”. Atualmente, ele coordena o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase (MORHAN), que conta com mais de 2 mil voluntários.

O Brasil é o segundo país com mais novos casos de hanseníase diagnosticados anualmente, apresentando uma taxa de 10,68 casos por 10 mil habitantes, classificado como de alta endemicidade. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as mais afetadas. Em 2023, 49,9% dos municípios notificaram pelo menos um caso da doença. O Ministério da Saúde promove o “Janeiro Roxo” para conscientizar sobre a hanseníase, com a campanha deste ano focando em ações contínuas de informação e enfrentamento dos estigmas associados à doença.

Um dos principais desafios no controle da hanseníase é o abandono do tratamento, que aumentou de 4,5% em 2014 para 8% em 2023, totalizando 247,1 mil novos casos registrados entre 2014 e 2023. O abandono compromete a eficácia do tratamento e perpetua a transmissão da doença. A hanseníase integra o Programa Brasil Saudável, que visa eliminar doenças que afetam populações em áreas vulneráveis, alinhando-se às metas da Agenda 2030 da ONU.

Maria Leide de Oliveira, médica com 45 anos de experiência, ressalta a importância das campanhas educativas, afirmando que a primeira que participou gerou 35% a mais de diagnósticos. Ela acredita que a divulgação e a discussão sobre a hanseníase são essenciais para combater o estigma e a desinformação. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que os casos aumentam no primeiro semestre, especialmente entre janeiro e maio, em decorrência das campanhas de conscientização.

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