Saúde

Hanseníase: campanha do Ministério da Saúde combate estigmas e promove diagnóstico precoce

O Ministério da Saúde lançou a campanha "Hanseníase, Conhecer e Cuidar" para conscientizar sobre a doença. A campanha promove ações contínuas e destaca a importância do diagnóstico precoce. Relatos de pacientes, como o de Francilene Carvalho, evidenciam o estigma enfrentado. A fisioterapeuta Geisa Campos criou uma oficina de calçados para ajudar pacientes. A união da comunidade é essencial para combater preconceitos e promover a cura.

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A hanseníase, uma doença provocada por uma bactéria que afeta a pele e os nervos periféricos, pode levar a deficiências se não tratada adequadamente. Para aumentar a conscientização sobre a doença, o Ministério da Saúde lançou a campanha "Hanseníase, Conhecer e Cuidar, de Janeiro a Janeiro", que visa promover ações contínuas de enfrentamento e disseminar informações sobre a hanseníase, além de combater estigmas que dificultam o diagnóstico e tratamento. A doutora Alda Maria Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, destaca a importância da união de esforços e do conhecimento dos sinais e sintomas da doença.

A fisioterapeuta Geisa Campos, de João Pessoa (PB), enfatiza que ações educativas são fundamentais para discutir a hanseníase e incentivar o diagnóstico precoce. Ela compartilha sua experiência em uma campanha voltada para crianças e adolescentes, ressaltando que os próprios pacientes podem ser multiplicadores de informações. Geisa também narra a história de uma paciente que, devido à falta de calçados adequados, enfrentou dificuldades. A partir dessa situação, surgiu uma oficina de calçados no Complexo Hospital Clementino Fraga, que hoje fornece gratuitamente itens essenciais para os pacientes.

O estigma associado à hanseníase é alimentado pelo desconhecimento sobre a transmissão e a cura da doença, resultando na exclusão social dos pacientes. Francilene Carvalho, de Teresina (PI), compartilha sua experiência de discriminação após ser diagnosticada, revelando o medo de contar a seus empregadores sobre a doença. Ela relata que, apesar das dificuldades, recebeu apoio de uma de suas patroas e conseguiu superar a situação. A doutora Alda Cruz reforça a importância de que pessoas que conviveram com pacientes nos últimos cinco anos procurem a Unidade Básica de Saúde para exames, facilitando o diagnóstico e tratamento.

Francilene reflete sobre sua jornada com a hanseníase e a descoberta de que sua filha também foi diagnosticada, mas tratada precocemente. Ela destaca a necessidade de enfrentar o preconceito e ser protagonista de sua própria história. "Quando mais calarmos, mais o preconceito existirá. Eu tive hanseníase, tratei e hoje estou curada", conclui. A campanha do Ministério da Saúde busca, assim, não apenas informar, mas também promover a inclusão e a cura da hanseníase na sociedade.

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