21 de jan 2025
Rio de Janeiro realiza primeiro transplante de pele na rede municipal de saúde
Bruno dos Santos Morais, mestre de obras, sofreu descarga elétrica em dezembro. Ele é o primeiro a receber transplante de pele na rede municipal do Rio. O procedimento foi custeado pelo SUS e evitou amputação de sua mão. Tecido doado foi obtido de um falecido, seguindo protocolos rigorosos. Médico destaca que transplante acelera recuperação de queimaduras graves.
Transplante de pele retirado de doador (Foto: Reprodução/ TV Globo)
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O mestre de obras Bruno dos Santos Morais se tornou o primeiro paciente a receber um transplante de pele na rede municipal de saúde do Rio de Janeiro, após um grave acidente de trabalho em Saquarema, na Região dos Lagos. Em dezembro, enquanto trabalhava, ele sofreu uma descarga elétrica ao levantar ferragens próximas a um fio de alta tensão, resultando em queimaduras severas nos braços e pernas. Bruno foi atendido no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz.
O transplante, que antes era realizado apenas em hospitais particulares e federais, utilizou tecido doado pela família de um doador falecido. O procedimento segue rigorosos protocolos de segurança e requer autorização dos familiares. Segundo a médica Carolina Junqueira, chefe do Centro de Tratamento de Queimados, a cirurgia foi crucial para evitar a amputação de uma das mãos de Bruno e acelerar a recuperação das áreas afetadas.
O procedimento é totalmente custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem custos para o paciente ou hospital. Carolina destacou que "com esse procedimento, conseguimos salvar o paciente de forma mais rápida, cobrindo grandes áreas queimadas ou feridas complexas que podem levar à perda de membros essenciais". O transplante envolve a retirada de pequenos pedaços de pele de áreas não visíveis do doador, que são tratados e armazenados no Banco de Pele do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).
Após o preparo, o tecido é aplicado sobre as áreas queimadas como um curativo temporário, auxiliando na recuperação e prevenindo complicações. Bruno expressou sua gratidão à família do doador e incentivou a doação de tecidos, ressaltando a importância desse procedimento em sua recuperação e a possibilidade de salvar vidas.
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