Gripe aviária é detectada em humano no Reino Unido e preocupa autoridades de saúde

As autoridades sanitárias britânicas confirmaram, nesta segunda-feira (27), um caso de gripe aviária em um ser humano na Inglaterra. O paciente, que se encontra em bom estado de saúde, teve contato próximo com aves infectadas em uma fazenda no centro-oeste do país. A Agência de Saúde e Segurança do Reino Unido (UKHSA) destacou que a transmissão do vírus da gripe aviária para humanos é rara e que o risco de propagação entre a população é considerado baixo. Desde 1996, a gripe aviária A (H5N1) tem sido monitorada, e a Europa enfrenta um surto significativo desde o final de 2021.

Nos Estados Unidos, a gripe aviária H5N9 foi confirmada pela primeira vez em uma fazenda de patos na Califórnia, onde 119 mil aves foram sacrificadas. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) informou que a origem do surto é desconhecida, mas investigações estão em andamento. A H5N9 é menos comum que a H5N1, que já causou a morte de um humano no início de janeiro. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou estado de emergência, enfatizando que o risco para a população geral permanece baixo, embora a vigilância tenha sido intensificada.

A preocupação com a gripe aviária aumentou, especialmente após a detecção de variantes do vírus H5N1 que podem causar doenças graves em humanos. Até o momento, 68 pessoas na América do Norte foram infectadas, com um óbito registrado. A virologista Seema Lakdawala alertou que o risco de uma pandemia humana pode crescer, especialmente com a adaptação do vírus a novos hospedeiros, como vacas. A transmissão do vírus ocorre principalmente em ambientes de trabalho, como fazendas, onde os trabalhadores podem ser expostos a partículas de leite contaminadas.

A situação é monitorada de perto, com a OMS pedindo que países intensifiquem a vigilância e relatem casos de influenza. A detecção de cepas como a H5N1 e H5N9 em aves e mamíferos levanta preocupações sobre a possibilidade de uma nova pandemia, embora, até o momento, não haja evidências de transmissão entre humanos. A vigilância contínua e a colaboração internacional são essenciais para mitigar os riscos associados a essas cepas do vírus.