Cor dos olhos e saúde ocular: entenda a relação entre tonalidade e sensibilidade à luz

A cor dos olhos gera muitas dúvidas sobre sua influência na saúde ocular. Segundo o oftalmologista Tiago César Pereira Ferreira, a tonalidade não afeta a acuidade visual, mas olhos claros, com menor quantidade de melanina, podem ser mais sensíveis à luz e ter maior risco de doenças oculares, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Essa menor proteção aumenta a exposição da retina à radiação ultravioleta (UV), o que pode ser prejudicial.

A fotofobia, ou sensibilidade à luz, é mais comum em pessoas com olhos claros, pois a melanina atua como um filtro natural. Olhos escuros absorvem mais luz, reduzindo o desconforto em ambientes iluminados. Em contraste, olhos claros permitem maior penetração de luz, causando desconforto em dias ensolarados. O uso de óculos escuros é, portanto, recomendado para quem possui essa característica.

A cor dos olhos é determinada geneticamente, principalmente pelos genes OCA2 e HERC2, que regulam a melanina na íris. Olhos castanhos têm alta concentração de melanina, enquanto olhos azuis apresentam baixa. Mudanças na cor dos olhos podem ocorrer, especialmente em recém-nascidos, e são raras na vida adulta, podendo ser causadas por traumas ou medicamentos. Procedimentos cirúrgicos para alterar a cor são controversos e podem trazer riscos.

Além da cor, outros fatores podem aumentar a sensibilidade ocular, como a síndrome do olho seco e alergias. O uso excessivo de telas digitais também contribui para a fadiga ocular. Para manter a saúde ocular, recomenda-se o uso de óculos de sol com proteção UV, lubrificação adequada dos olhos, evitar coçar e uma alimentação rica em antioxidantes. Consultas oftalmológicas regulares são essenciais para a detecção precoce de problemas visuais.