Saúde

Álcool e câncer: entenda os riscos invisíveis associados ao consumo da bebida

Relatório dos EUA aponta álcool como terceira maior causa evitável de câncer. Em 2020, 741 mil casos de câncer globalmente foram relacionados ao consumo de álcool. A falta de conscientização sobre os riscos do álcool é alarmante, com apenas 45% dos americanos cientes. Sugestão de atualizar rótulos de bebidas alcoólicas para alertar sobre riscos cancerígenos. Oncologistas destacam que não existe consumo seguro de álcool, aumentando riscos para todos.

O álcool é a terceira causa evitável de câncer, depois do tabaco e da obesidade, contribuindo para cerca de 100 mil casos e 20 mil mortes a cada ano nos Estados Unidos (Foto: Sally Anscombe/GettyImages)

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O consumo de álcool é uma prática comum em diversas culturas, incluindo o Brasil, onde está associado a festas e convivência social. Contudo, um relatório recente do Departamento de Saúde e Recursos Humanos dos Estados Unidos revela que o álcool está ligado a pelo menos sete tipos de câncer, como mama, esôfago e fígado. O documento, intitulado Alcohol and Cancer Risk, destaca que o álcool é a terceira causa evitável de câncer no país, contribuindo para cerca de 100 mil casos e 20 mil mortes anualmente.

A médica Ana Paula Garcia Cardoso, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein, enfatiza que não existe um nível seguro de consumo de álcool. Dados do Ministério da Saúde indicam que 44,6% da população adulta brasileira consome álcool, com 18,3% fazendo isso de forma abusiva. A especialista alerta que mesmo o consumo moderado pode aumentar o risco de câncer, uma vez que o álcool, independentemente da forma (vinho, destilados ou cerveja), pode danificar o DNA e aumentar a inflamação no organismo.

O relatório também aponta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não reconhece consumo seguro de álcool. Para certos tipos de câncer, o risco pode começar a aumentar com uma dose diária. Por exemplo, o risco de uma mulher desenvolver câncer relacionado ao álcool sobe de 16,5% para 21,8% com o aumento do consumo. A referência de dose padrão no Brasil é de 14 g de etanol puro, enquanto a OMS considera 10 g como padrão.

Apesar das evidências, a conscientização sobre os riscos do álcool é baixa. Apenas 45% dos estadunidenses reconhecem o álcool como fator de risco para câncer, comparado a 91% que conhecem os riscos da radiação. O relatório sugere a atualização dos rótulos de bebidas alcoólicas para incluir alertas sobre o risco de câncer, uma medida que poderia aumentar a conscientização, semelhante ao que ocorre com os produtos de tabaco. Cardoso ressalta que o Brasil também carece de informações sobre esses riscos, e a rotulagem poderia ser um passo importante para a conscientização pública.

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