Saúde

Dispositivos tecnológicos e sobreproteção parental afetam a saúde mental de adolescentes

A saúde mental de crianças e adolescentes apresenta alarmantes índices de ansiedade e depressão. O uso excessivo de tecnologia e a sobreproteção parental são fatores críticos. Estudo de Jean Marie Twenge mostra que redes sociais aumentam a probabilidade de depressão. A falta de experiências reais prejudica a autonomia e a adaptação dos jovens. É essencial equilibrar o tempo entre o mundo virtual e o real para a saúde mental.

"Um adolescente com um celular no bolso pode acessar a Internet, redes sociais e conteúdo pornográfico de maneira ilimitada e gratuita. (Foto: Justin Lambert/Getty Images)"

"Um adolescente com um celular no bolso pode acessar a Internet, redes sociais e conteúdo pornográfico de maneira ilimitada e gratuita. (Foto: Justin Lambert/Getty Images)"

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Nas últimas décadas, os problemas de saúde mental entre crianças e adolescentes têm alcançado índices alarmantes, com transtornos como ansiedade, depressão, bullying, transtornos alimentares e dependências em ascensão. Entre os fatores que contribuem para esse sofrimento estão o uso excessivo de dispositivos tecnológicos e a sobreproteção parental. O psicólogo Jonathan Haidt, em seu livro "A Geração Ansiosa", destaca a transição de uma infância baseada em brincadeiras presenciais para uma dependência de smartphones.

Uma pesquisa de 2011 do Pew Research Center revelou que 77% dos adolescentes entre 13 e 19 anos possuíam celular, mas apenas 23% eram smartphones. Em 2016, esse cenário mudou drasticamente, com quatro em cada cinco adolescentes já tendo acesso a smartphones. Essa mudança permite acesso irrestrito à internet e redes sociais, o que pode resultar em consequências negativas, como a exposição a conteúdos impróprios sem supervisão.

Haidt argumenta que os smartphones, com suas múltiplas funcionalidades, inibem experiências reais, como o contato visual e a resolução de conflitos. A falta de interação social pode levar adolescentes a buscar validação nas redes sociais, onde se sentem mais integrados. Sean Parker, ex-executivo do Facebook, admitiu que o botão "Curtir" foi criado para reforçar essa necessidade de pertencimento, gerando um ciclo de dependência.

A sobreproteção parental também é um fator crítico. Estudos indicam que crianças com pais excessivamente protetores têm maior probabilidade de desenvolver transtornos de ansiedade e dificuldades de adaptação. A autonomia é essencial para o desenvolvimento emocional saudável, e o medo dos pais pode prejudicar essa conquista. A psicóloga Jean Twenge concluiu que adolescentes que passam mais tempo nas redes sociais apresentam maior risco de depressão, enquanto aqueles que interagem mais com amigos e praticam esportes tendem a ter melhor saúde mental.

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