29 de abr 2025
Excesso de tela pode isolar jovens, mas uso moderado traz benefícios na recuperação
O uso excessivo de telas é associado à solidão e ansiedade entre jovens, mas pode haver benefícios em contextos específicos, como na recuperação de crianças.
Foto de Ippei Naoi em um momento capturado. (Foto: Ippei Naoi)
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Nos últimos anos, especialistas têm alertado sobre os efeitos negativos do tempo excessivo de tela, especialmente entre os jovens. O relatório de 2023 do Cirurgião Geral dos Estados Unidos, Vivek Murthy, aponta as redes sociais como um dos principais fatores que contribuem para a solidão entre essa faixa etária. Murthy destaca que a tecnologia pode substituir o engajamento pessoal, monopolizar a atenção e até mesmo reduzir a autoestima.
Jonathan Haidt, psicólogo social da Universidade de Nova York, também enfatiza que a tecnologia pode reprogramar o cérebro dos jovens, levando a problemas como ansiedade e depressão. Apesar das preocupações, existem formas de utilizar as telas de maneira benéfica. A jornalista Amanda Hess, em seu livro "Second Life: Having a Child in the Digital Age", compartilha experiências positivas com o uso da televisão durante a recuperação de seu filho após uma cirurgia complexa.
Hess relata que, inicialmente, tinha dúvidas sobre permitir que seu filho assistisse mais TV do que o habitual. Contudo, um psicólogo a tranquilizou, afirmando que esse tempo extra de tela era aceitável durante a recuperação. “Isso foi realmente útil para nós”, disse Hess, que frequentemente permite que seu filho assista TV enquanto realiza tarefas domésticas ou participa de chamadas de trabalho.
Embora o tempo excessivo de tela possa encurtar a atenção e provocar solidão, nem todo consumo de mídia é prejudicial. A psicóloga Gloria Mark sugere que conteúdos mais longos e envolventes podem estimular um pensamento mais profundo. Ela observa que muitos conteúdos de redes sociais são projetados para provocar reações superficiais, enquanto livros e artigos longos permitem uma reflexão mais significativa.
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