10 de fev 2025
Menopausa tardia reduz risco de doenças cardiovasculares em mulheres
Mulheres que iniciam a menopausa aos 55 anos têm 20% menos risco cardíaco. Menopausa tardia está ligada a menor estresse oxidativo e melhor função vascular. Estudo analisou 92 mulheres, revelando diferenças na função arterial pós menopausa. Hormônios, como o estrogênio, desempenham papel crucial na saúde cardiovascular. Pesquisa abre debate sobre terapia de reposição hormonal para menopausa precoce.
Um novo estudo relata que mulheres que começaram a menopausa mais tarde apresentaram menos estresse oxidativo e melhor saúde cardíaca. (Foto: RgStudio/Getty Images)
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Um novo estudo sugere que a idade de início da menopausa pode influenciar a saúde cardiovascular das mulheres. Publicado em 30 de janeiro na revista Circulation Research, a pesquisa indica que mulheres que iniciaram a menopausa aos 55 anos ou mais apresentam sistemas cardiovasculares mais saudáveis em comparação àquelas que passaram pela menopausa mais cedo. Os autores do estudo explicam que níveis reduzidos de certos metabolitos lipídicos derivados de triglicerídeos estão associados a um menor estresse oxidativo, o que melhora a função endotelial, essencial para a circulação sanguínea.
A pesquisa envolveu a medição da dilatação mediada pelo fluxo da artéria braquial em 92 mulheres, além de testes hormonais para confirmar a menopausa. Os resultados mostraram que mulheres com menopausa tardia apresentaram uma função vascular 24% pior que as pré-menopáusicas, enquanto aquelas com menopausa normal tiveram 51% de piora. Essa diferença se manteve por mais de cinco anos após a menopausa, sugerindo que a menopausa tardia pode proteger contra a disfunção vascular.
Os especialistas destacam que a estrogênio desempenha um papel crucial na proteção do sistema cardiovascular, ajudando a manter a flexibilidade dos vasos sanguíneos e a regular os níveis de colesterol. A cardiologista Noor Dastgir enfatiza que a menopausa precoce, especialmente antes dos 40 anos, pode acelerar o risco de doenças cardiovasculares, que já é elevado em mulheres após a menopausa. A diminuição dos níveis de estrogênio pode aumentar o colesterol LDL, conhecido como "colesterol ruim".
Além disso, a nutricionista Michelle Routhenstein ressalta a importância de monitorar fatores de risco cardiometabólicos, como pressão arterial e níveis de colesterol, para reduzir o risco de doenças cardíacas. Ela sugere que uma dieta adequada e a prática de exercícios regulares podem ajudar a melhorar a saúde cardiovascular. O estudo abre espaço para discussões sobre a terapia de reposição hormonal (TRH) como uma opção para mulheres que enfrentam a menopausa precoce, destacando a necessidade de uma abordagem proativa na gestão da saúde do coração.
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