Saúde

Dengue e doenças cardíacas: um alerta sobre os riscos e complicações em pacientes vulneráveis

A dengue se espalha para novas regiões, incluindo Europa, devido ao clima. Brasil registrou 217 mil casos em janeiro de 2024, triplo do ano anterior. Até agosto, 5.300 mortes foram contabilizadas, quase cinco vezes mais que 2023. Congresso em 2025 abordará dengue e doenças cardiovasculares, inédito no Brasil. Medicamentos anticoagulantes podem agravar casos de dengue hemorrágica.

'Aedes aegypti', mosquito transmissor da dengue (Foto: Getty Images)

'Aedes aegypti', mosquito transmissor da dengue (Foto: Getty Images)

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A dengue continua a ser uma preocupação crescente, com a Organização das Nações Unidas (ONU) relatando que a doença é considerada endêmica em 130 países. Apesar das campanhas de conscientização, as ações de prevenção não têm sido suficientes para conter seu avanço. Desde 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou a presença da dengue em nações como Afeganistão e Iémen, além de sua transmissão em países europeus como Espanha, Itália e França. O aquecimento global e as mudanças climáticas têm contribuído para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, aumentando o número de criadouros.

Na América, cerca de 500 milhões de pessoas estão em risco de contrair dengue, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Nos primeiros seis meses de 2024, o Brasil registrou mais de 217 mil casos de dengue, um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, que teve 65.366 infecções. Até agosto de 2024, o país contabilizou 5.300 óbitos, quase cinco vezes mais que em 2023. As mortes são frequentemente causadas por complicações como hemorragias e queda brusca da pressão arterial.

Os sintomas da dengue incluem febre, dor de cabeça e fraqueza, que surgem geralmente três dias após a picada do mosquito. A forma grave da doença, conhecida como dengue hemorrágica, pode levar a complicações sérias, especialmente em pacientes com doenças cardiovasculares. No Brasil, estima-se que 14 milhões de pessoas tenham alguma condição cardíaca, e o uso de anticoagulantes pode aumentar o risco de sangramentos em casos de dengue hemorrágica.

Para abordar a gravidade da dengue, a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) realizará um congresso em junho de 2025, que incluirá um espaço específico para discutir as implicações das mudanças climáticas na saúde cardiovascular. Este evento marcará a primeira vez que um congresso de cardiologia no Brasil abordará de forma aprofundada os impactos ambientais e sociais na especialidade.

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