Peeling de ATA com óleo de Cróton causa queimaduras no rosto de médica e gera alerta

A médica Isadora Milhomem relatou em suas redes sociais que sofreu queimaduras no rosto após realizar um procedimento estético conhecido como peeling de ATA com óleo de cróton. Buscando tratar marcas de acne, ela optou por essa técnica, que prometia resultados rápidos. Em sua publicação, Isadora mencionou que já havia feito outros tratamentos, como laser CO2 e microagulhamento, mas ainda apresentava cicatrizes. Ela destacou que a descamação da pele, que deveria durar até dez dias, se estendeu por 45 dias, resultando em cicatrizes em seu rosto.

O dermatologista Daniel Coimbra, coordenador do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explicou que o peeling de ATA utiliza ácido tricloroacético (TCA), normalmente empregado em lesões cutâneas. O óleo de cróton, derivado do arbusto Croton tiglium, é adicionado para aumentar a profundidade do tratamento. Coimbra alertou que, embora o peeling de ATA seja seguro isoladamente, a combinação com o óleo de cróton aumenta os riscos, podendo resultar em queimaduras severas, como ocorreu com Isadora.

O especialista enfatizou que o peeling de ATA com óleo de cróton não é indicado para peles jovens e recomendou que os pacientes busquem profissionais qualificados para procedimentos estéticos. É fundamental discutir todas as dúvidas sobre o tratamento antes de sua realização. Atualmente, Isadora utiliza uma máscara conhecida como pele artificial para queimados, que, segundo Coimbra, é um curativo biológico que protege a área afetada, facilita a cicatrização e previne infecções.

A máscara ajuda a manter a umidade da pele, reduzindo a dor e acelerando a regeneração celular. Coimbra observou que esse tipo de proteção é geralmente utilizado em queimaduras de segundo e terceiro grau, ressaltando a importância de cuidados adequados após procedimentos estéticos invasivos.