São Paulo registra oitava morte por febre amarela e alerta sobre riscos de diagnóstico

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou, na última sexta-feira (14), doze casos de febre amarela no estado, resultando em oito mortes. Todos os novos casos registrados na semana anterior culminaram em óbito. A coordenadora da UTI de Infectologia do HCFMUSP, Ho Yeh Li, alertou em entrevista à Agência Brasil sobre a possibilidade de diagnósticos incorretos nos serviços de saúde primária e secundária, o que pode atrasar a confirmação da doença até a necropsia.

Com a aproximação do carnaval, período que aumenta as viagens, a secretaria recomenda que pessoas que se dirigem a áreas rurais ou de mata busquem a imunização. Os sintomas iniciais da febre amarela incluem febre súbita, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. O Ministério da Saúde já havia emitido um alerta sobre o aumento da transmissão da doença em São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins.

A nota técnica do ministério, enviada às secretarias de saúde, destaca que o período sazonal da febre amarela vai de dezembro a maio, recomendando a intensificação das ações de vigilância e imunização nas áreas de risco. A vacina contra a febre amarela é a principal forma de prevenção e faz parte do calendário básico de vacinação, sendo administrada em crianças de nove meses a menores de cinco anos, com uma dose de reforço aos quatro anos.

Além disso, uma dose única é recomendada para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram vacinadas. A vacinação é crucial para evitar a propagação da doença, especialmente em períodos de maior circulação de pessoas.