17 de fev 2025
Bactérias bucais podem indicar saúde cerebral e risco de Alzheimer, revela estudo
Estudo da Universidade de Exeter revela ligação entre bactérias bucais e Alzheimer. Bactérias Neisseria e Haemophilus associadas a melhor memória e atenção. Alterações na dieta podem equilibrar bactérias e prevenir demência. Pesquisa com 115 voluntários mostra correlação, mas não causalidade. Futuras coletas de amostras bucais podem auxiliar diagnósticos precoces.
Algumas bactérias encontradas na boca podem estar associadas a maior risco de demência (Foto: BBC)
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Pesquisadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, identificaram uma possível relação entre bactérias bucais e mudanças na função cerebral em pessoas mais velhas. O estudo revelou que algumas bactérias estão associadas a melhora na memória e atenção, enquanto outras podem estar ligadas a problemas de saúde cerebral, incluindo a doença de Alzheimer. Joanna L'Heureux, autora principal, destacou que é possível prever a presença do gene do Alzheimer antes do surgimento de sintomas.
A pesquisa, ainda em fase inicial, investiga se a ingestão de alimentos saudáveis, como folhas verdes ricas em nitrato, pode impactar a saúde cerebral ao estimular bactérias benéficas. Anne Corbett, co-autora do estudo, enfatizou que alterar o equilíbrio bacteriano na boca pode ser uma estratégia para prevenir a demência, sugerindo intervenções como mudanças na dieta e uso de probióticos.
O estudo envolveu 115 voluntários com mais de 50 anos, divididos em dois grupos: um sem problemas cognitivos e outro com dificuldades leves. As amostras de saliva analisadas mostraram que altos níveis das bactérias Neisseria e Haemophilus estavam associados a melhor desempenho cognitivo, enquanto a Porphyromonas estava ligada a problemas de memória. A bactéria Prevotella foi relacionada a baixos níveis de nitrito, comum em portadores do gene de risco para Alzheimer.
Embora a pesquisa indique uma correlação entre as bactérias e as doenças, não estabelece causalidade, necessitando de mais investigações. Anni Vanhatalo, pró-reitora associada, sugere que, no futuro, amostras bucais poderiam ser coletadas durante consultas médicas para detecção precoce de riscos relacionados a doenças da memória.
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