19 de fev 2025
Estudo revela que estilo de vida tem maior impacto no envelhecimento do que genética
Estudo da Oxford Population Health revela que fatores ambientais impactam mais a saúde. Tabagismo, status socioeconômico e atividade física são os principais fatores. Fatores ambientais explicam 17% da variação no risco de morte, genética menos de 2%. Exposições precoces, como tabagismo na gravidez, afetam envelhecimento e mortalidade. Pesquisadores defendem ações governamentais para melhorar condições de saúde pública.
Estudo mostra como fatores ambientais, incluindo tabagismo e atividade física, influenciam no processo de envelhecimento e risco de morte precoce (Foto: RealPeopleGroup/GettyImages)
Ouvir a notícia:
Estudo revela que estilo de vida tem maior impacto no envelhecimento do que genética
Ouvir a notícia
Estudo revela que estilo de vida tem maior impacto no envelhecimento do que genética - Estudo revela que estilo de vida tem maior impacto no envelhecimento do que genética
Um novo estudo publicado na revista Nature Medicine revela que fatores ambientais, como estilo de vida, têm um impacto mais significativo na saúde e na mortalidade do que a genética. A pesquisa, liderada por cientistas da Oxford Population Health, analisou dados de quase meio milhão de participantes do UK Biobank. Os pesquisadores investigaram 164 fatores ambientais e suas relações com 22 doenças comuns, constatando que os fatores ambientais explicaram 17% da variação no risco de morte, enquanto a predisposição genética contribuiu com menos de 2%.
Entre os fatores ambientais, o tabagismo, o status socioeconômico, a atividade física e as condições de vida foram os que mais impactaram a mortalidade e o envelhecimento biológico. O tabagismo, por exemplo, está associado a 21 doenças, enquanto fatores socioeconômicos, como renda familiar e situação de emprego, estão ligados a 19 doenças. A falta de atividade física foi relacionada a 17 doenças. O estudo também destacou que exposições precoces, como o tabagismo durante a gravidez e o sobrepeso na infância, podem afetar o envelhecimento e o risco de morte prematura ao longo da vida.
Cornelia van Duijn, professora de epidemiologia e autora sênior do estudo, enfatizou que as descobertas ressaltam a importância de intervenções em políticas públicas para melhorar as condições socioeconômicas e promover hábitos saudáveis. "As exposições no início da vida são particularmente importantes", afirmou, indicando que mudanças no ambiente podem prevenir doenças crônicas e morte precoce.
Austin Argentieri, autor principal do estudo, destacou que a pesquisa quantificou as contribuições do ambiente e da genética para o envelhecimento. Ele ressaltou que, embora fatores de risco como o tabagismo já sejam conhecidos por afetar a saúde, a pesquisa mostra a necessidade urgente de ações governamentais para superar barreiras à saúde. O estudo abre caminho para estratégias integradas que visam melhorar a saúde da população idosa, identificando combinações de fatores ambientais que influenciam o risco de morte prematura e doenças relacionadas à idade.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.