19 de fev 2025
O preço da perfeição: a indústria estética e suas consequências para a saúde
O mercado global de procedimentos estéticos alcançou US$ 127,1 bilhões em 2023. O Brasil cresceu 567% no setor, movimentando mais de R$ 47,5 bilhões. Casos de Mariana Michelini e Henrique Chagas evidenciam riscos de profissionais não qualificados. A Anvisa deve regular produtos estéticos com base em critérios científicos. A confiança em médicos habilitados é crucial para garantir segurança e saúde.
De PMMA a peeling de fenol: métodos empregados no campo da estética sem respaldo científico e regulamentação adequada colocam em risco pacientes (Foto: GI/Getty Images)
Ouvir a notícia:
O preço da perfeição: a indústria estética e suas consequências para a saúde
Ouvir a notícia
O preço da perfeição: a indústria estética e suas consequências para a saúde - O preço da perfeição: a indústria estética e suas consequências para a saúde
A busca pela imagem ideal nas redes sociais tem levado muitas pessoas a recorrer a procedimentos estéticos, frequentemente realizados por profissionais sem qualificação. Essa situação resulta em consequências graves, como demonstram os casos de Mariana Michelini e Henrique Chagas, que sofreram complicações severas após procedimentos inadequados. A indústria de estética, que alcançou US$ 127,1 bilhões globalmente em 2023, cresce rapidamente, mas traz preocupações sobre a saúde da população.
No Brasil, o setor de estética cresceu 567% nos últimos anos, movimentando mais de R$ 47,5 bilhões. O país se destaca ao lado de Estados Unidos e China como um dos líderes mundiais nesse mercado. Contudo, a pressão por padrões de beleza, impulsionada por influenciadores digitais, tem levado a uma distorção da imagem e à busca por procedimentos que muitas vezes não são necessários ou seguros.
A utilização de substâncias perigosas, como fenol e PMMA, continua a ser um problema, mesmo com alertas de entidades médicas. A falta de regulamentação e fiscalização permite que pessoas sem formação realizem procedimentos estéticos, colocando vidas em risco. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve intensificar a regulação desses produtos, enquanto órgãos de controle precisam combater o exercício ilegal da medicina.
É fundamental que os pacientes busquem cuidados com médicos qualificados, que possam realizar diagnósticos adequados e oferecer tratamentos seguros. O Conselho Federal de Medicina (CFM) enfatiza que a verdadeira beleza deve ser acompanhada de saúde e responsabilidade, promovendo o bem-estar de forma fundamentada e reconhecida pela medicina.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.