Saúde

Retrações de artigos científicos revelam falhas e promovem a integridade na pesquisa

Em 2023, mais de 10.000 artigos científicos foram retratados, um recorde. Instituições da China, Arábia Saudita e Índia apresentam altas taxas de retratação. A pressão por publicações rápidas pode incentivar práticas de pesquisa questionáveis. Análises de integridade revelam que a maioria das retratações é por fraude. Dados de retratação podem ajudar instituições a reavaliar suas métricas de sucesso.

"O número de artigos retratados tem aumentado nos últimos anos. (Foto: Priscila Zambotto/Getty)"

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O número de artigos científicos retratados tem aumentado nos últimos anos, refletindo a pressão por produtividade nas universidades e instituições de pesquisa. Essa busca por publicações e citações pode levar a práticas inadequadas, como plágio e falsificação de dados. Nos últimos dez anos, um grupo crescente de especialistas em integridade da pesquisa tem analisado artigos, identificando falhas em centenas de milhares de publicações. Em 2022, cerca de 0,2% dos artigos publicados foram retratados, um aumento três vezes maior em comparação com uma década atrás.

Embora as retratações possam ocorrer devido a erros honestos, a maioria é atribuída a desonestidade ou fraude, segundo o site Retraction Watch. A análise da revista Nature revelou que algumas instituições, especialmente na China, apresentam altas taxas de retratação. Além disso, instituições na Arábia Saudita e na Índia também mostraram um aumento significativo nas retratações nos últimos cinco anos. Esses dados sugerem que a má ciência pode estar ligada a incentivos perversos dentro dessas instituições.

Para entender melhor as causas das retratações, a Nature consultou três empresas de integridade da pesquisa para analisar as taxas de retratação por instituição. A análise destacou que a responsabilidade pelas retratações muitas vezes recai sobre grupos de autores, indicando que a cultura institucional pode influenciar comportamentos inadequados. A consideração de taxas de retratação como um novo parâmetro pode ajudar instituições a reavaliar suas métricas de sucesso, além de potencialmente impactar rankings e decisões de financiamento.

Apesar do aumento nas retratações, a falta de consistência na forma como os editores registram e comunicam essas informações ainda é um desafio. No entanto, a recente padronização proposta pela National Information Standards Organization pode melhorar essa situação. A Retraction Watch tem desempenhado um papel importante na criação de um banco de dados limpo sobre retratações, que serve como base para análises futuras. Esses dados ressaltam a importância da qualidade na pesquisa científica, além da quantidade.

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