Saúde

A primeira geração que pode viver menos que seus pais enfrenta desafios de saúde e desigualdade

A esperança de vida na Espanha aumentou, mas a saúde se deteriorou entre 2019 e 2022. A esperança de vida com boa saúde caiu para 60,6 anos (mulheres) e 61,7 anos (homens). Doenças crônicas representam 75% do gasto em saúde, exigindo mudança na prevenção. A falta de médicos de família e a valorização da atenção primária são preocupantes. Desigualdade social impacta a saúde, com diferenças de até 10 anos na esperança de vida.

"Os pais dos universitários de hoje viram a expectativa de vida crescer em quase dez anos, algo que, com as tendências atuais, seus filhos não verão. (Foto: Claudio Álvarez)"

"Os pais dos universitários de hoje viram a expectativa de vida crescer em quase dez anos, algo que, com as tendências atuais, seus filhos não verão. (Foto: Claudio Álvarez)"

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A expectativa de vida na Espanha, que superou os 80 anos, enfrenta um novo desafio: a desaceleração do crescimento e a diminuição dos anos vividos em boa saúde. Um estudo recente revela que, enquanto a esperança de vida se mantém estável, a qualidade de vida está em declínio, com a expectativa de vida saudável caindo de 70,4 anos para mulheres e 69,4 anos para homens em 2019 para 60,6 e 61,7 anos em 2022. Essa discrepância entre a longevidade e a saúde representa um problema global, com um aumento de 8,5 para 9,6 anos de vida com problemas de saúde desde 2000.

As doenças crônicas, como câncer e diabetes, são responsáveis por 75% do gasto em saúde na Espanha. A falta de médicos de família, estimada em 5.000, agrava a situação, já que muitos profissionais preferem trabalhar em emergências ou no setor privado. Um estudo da Universidade Stanford indica que um aumento de 10 médicos de atenção primária por 100.000 habitantes pode aumentar a expectativa de vida em 51,5 dias. A industrialização da alimentação, que inicialmente reduziu a fome, agora contribui para a obesidade e doenças crônicas, com 60% dos alimentos disponíveis sendo ultraprocessados.

José Luis Peñalvo, do Centro Nacional de Epidemiologia, destaca que a promoção da saúde deve considerar fatores ambientais e não apenas a responsabilidade individual. A desigualdade social também impacta a saúde, com diferenças de até 10 anos na expectativa de vida entre bairros ricos e pobres em Madrid. A falta de acesso a cuidados médicos e a compreensão dos fatores de risco são mais acentuadas entre os menos favorecidos, perpetuando as desigualdades.

Enquanto isso, novas opções farmacológicas, como os agonistas de GLP-1, mostram potencial para controlar o sobrepeso e reduzir riscos de doenças. No entanto, a indústria farmacêutica parece focar mais em remediar os problemas causados por hábitos alimentares inadequados do que em promover mudanças sustentáveis na saúde pública. A sociedade enfrenta o desafio de garantir que as futuras gerações possam desfrutar de melhorias na saúde, assim como seus antecessores.

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