25 de fev 2025
Encontro nacional discute relação entre aids avançada e mpox em São Paulo
O Brasil registrou 13.770 casos de mpox desde 2022, afetando principalmente homens. Evento em São Paulo reuniu especialistas para discutir controle de mpox e aids. Aids avançada é um desafio, com 15 dos 16 óbitos relacionados a essa condição. Sistema de Monitoramento Clínico foi apresentado para identificar não tratados. Importância da sociedade civil é destacada para alcançar populações vulneráveis.
Foto: Reprodução
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Representantes de coordenações estaduais e municipais, profissionais de saúde e especialistas se reuniram em São Paulo, no dia 24 de fevereiro de 2024, para discutir ações de controle da mpox no Brasil. O encontro faz parte do 1º Encontro Nacional para o Fortalecimento da Resposta à Epidemia de Mpox e Aids Avançada, promovido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas Brasil). Durante o evento, o sanitarista Matheus Spinelli apresentou dados que revelam a ocorrência de 13.770 casos de mpox desde 2022, com predominância entre homens (91,8%) e na faixa etária de 19 a 39 anos (76,6%).
O diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), Draurio Barreira, destacou que o Brasil registrou um número menor de óbitos em comparação a países com economias semelhantes, embora 15 dos 16 casos fatais tenham ocorrido em pessoas com aids avançada. Barreira enfatizou a importância de integrar as estratégias de resposta a ambas as doenças, mencionando que o Brasil atingiu a meta de diagnosticar 95% das pessoas vivendo com HIV e expandiu a oferta de PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV).
A presidente da International Aids Society (IAS), Beatriz Grinsztejn, elogiou a resposta brasileira ao HIV e a autonomia do SUS (Sistema Único de Saúde) no tratamento de pessoas vivendo com HIV. Ela também destacou a recente incorporação do fostensavir para pacientes com multirresistência a antirretrovirais. Por sua vez, Sylvia Loyola, representante da sociedade civil, alertou que o diagnóstico precoce continua sendo um desafio, refletindo as desigualdades sociais no Brasil e a necessidade de estratégias que alcancem populações vulneráveis.
Durante o evento, foi realizada uma oficina sobre o Sistema de Monitoramento Clínico das Pessoas Vivendo com HIV e Aids (Simc), que visa identificar indivíduos que não iniciaram tratamento. Essa ferramenta é fundamental para garantir a qualidade de vida e prevenir a progressão para aids, além de ser uma estratégia importante para o controle da mpox, considerando que pessoas com aids avançada são mais suscetíveis à doença.
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