Anvisa aprovou o uso da PrEP injetável no Brasil, com o medicamento cabotegravir em 2023 (Foto: Catherine Falls Commercial/GettyImages)

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PrEP injetável apresenta maior adesão que versão oral no combate ao HIV, aponta estudo - PrEP injetável apresenta maior adesão que versão oral no combate ao HIV, aponta estudo

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Um estudo recente sobre a profilaxia pré-exposição (PrEP) injetável para prevenção do HIV revelou que essa forma de prevenção teve maior adesão em comparação à versão oral, atualmente disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Os resultados da pesquisa ImPrEP CAB, conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram apresentados na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas nos Estados Unidos. Entre outubro de 2023 e setembro de 2024, aproximadamente 1,4 mil pessoas foram acompanhadas em seis cidades brasileiras, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo.

Os pesquisadores focaram em homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e não-binárias, com idades entre dezoito e trinta anos. Todos os participantes nunca haviam utilizado a PrEP antes e puderam escolher entre a versão injetável, que consiste em uma aplicação a cada dois meses do medicamento cabotegravir, ou a versão oral, que requer uso diário de antirretrovirais. Cerca de 83% optaram pela injeção, e 94% deles compareceram às consultas para receber as doses no tempo correto, mantendo-se protegidos contra o HIV durante o estudo.

Em contraste, os que escolheram a PrEP oral apresentaram uma adesão de apenas 58% durante o acompanhamento, resultando em um caso de infecção pelo HIV. A pesquisa também comparou dados de 2,4 mil pessoas que utilizam a PrEP oral pelo SUS, revelando uma cobertura ainda menor, de 48%, com nove infecções registradas. O Ministério da Saúde acompanha o estudo, mas não confirmou a inclusão da PrEP injetável no SUS, reiterando que a PrEP, mesmo na forma oral, é uma estratégia essencial na luta contra o HIV.

Em 2023, o Brasil registrou 46.495 casos de infecção pelo HIV, um aumento em relação ao ano anterior, com mais de 40% das infecções ocorrendo em homens de vinte a vinte e nove anos. Apesar do aumento nos casos, a mortalidade por AIDS caiu 32,9% entre 2013 e 2023, refletindo os avanços no tratamento. O Brasil dobrou o número de usuários de PrEP nos últimos três anos, alcançando 119 mil usuários em 2025, conforme dados do último boletim epidemiológico.

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