Saúde

Covid-19 leve pode causar desequilíbrios cardiovasculares, revela estudo da UFSCar

Estudo da UFSCar revela desequilíbrios cardiovasculares em Covid 19 leve. Análise com 130 voluntários mostra redução na variabilidade da frequência cardíaca. Predomínio do sistema nervoso simpático aumenta risco de doenças cardiovasculares. Sintomas como dispneia e fadiga são comuns em indivíduos com modulação cardíaca alterada. Reabilitação é necessária mesmo para casos leves, especialmente em não vacinados.

Insuficiência cardíaca mata 10% dos pacientes internados no Brasil. (Foto: Unsplash)

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Um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) revelou que pessoas que tiveram Covid-19, mesmo com sintomas leves, apresentam desequilíbrios no sistema cardiovascular no curto e médio prazo. A pesquisa, publicada na revista Scientific Reports e apoiada pela Fapesp, analisou 130 voluntários com média de 40 anos, divididos em grupos de indivíduos saudáveis e aqueles que tiveram Covid-19 leve. Os resultados mostraram uma diminuição drástica na variabilidade da frequência cardíaca (VFC) até seis semanas após a infecção, em comparação com o grupo controle.

Os participantes testados entre dois e seis meses e entre sete e 12 meses após a infecção apresentaram melhoras na VFC, mas ainda não alcançaram os níveis do grupo saudável. A VFC é um indicador importante da saúde cardiovascular, refletindo a capacidade do coração de se adaptar a estressores. Audrey Borghi Silva, coordenadora do Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar da UFSCar, enfatizou a necessidade de programas de reabilitação, mesmo para aqueles que não foram hospitalizados.

Além da VFC reduzida, o estudo identificou um desequilíbrio entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático, que controlam funções involuntárias do corpo. Aldair Darlan Santos-de-Araújo, primeiro autor do artigo, destacou que a infecção pela Covid-19 provocou um desbalanço, aumentando a probabilidade de desfechos cardiovasculares negativos. A pesquisa também observou que a dispneia foi o sintoma mais comum entre os participantes com pior modulação autonômica, acompanhada de tosse, fadiga, cefaleia, perda do paladar, ansiedade e coriza.

Os dados indicam que o desequilíbrio cardiovascular foi mais prevalente entre não vacinados e que há uma fase de recuperação na função cardíaca, com indivíduos mais distantes da infecção apresentando melhor equilíbrio entre os sistemas simpático e parassimpático. O estudo reforça a importância de monitorar a saúde cardiovascular em pessoas que tiveram Covid-19, mesmo em casos leves, devido ao potencial aumento do risco de doenças cardiovasculares.

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