Saúde

Inteligência artificial promete revolucionar o sistema de saúde na Irlanda

A Irlanda enfrenta desafios na saúde, como falta de registros eletrônicos compartilhados. O Hospital Mater de Dublin implementa inteligência artificial para diagnósticos rápidos. Novo modelo de IA cria "MRI sintéticas" a partir de imagens de CT para emergências. A infraestrutura de saúde envelhecida dificulta a integração de novas tecnologias. Reguladores de saúde ainda não se adaptaram às normas para dispositivos médicos de IA.

"O hospital Mater em Dublin - lar do departamento de emergência mais movimentado da Irlanda (Foto: Mater)"

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Os hospitais da Irlanda, apesar de serem localizados em um país conhecido como o endereço europeu das grandes tecnologias, frequentemente enfrentam deficiências tecnológicas. A falta de registros eletrônicos compartilhados e identificadores únicos para pacientes é um problema significativo. Em julho de 2024, uma falha no sistema de computadores do hospital Mater em Dublin levou à suspensão de cirurgias e ao pedido para que as pessoas evitassem a emergência. Em 2021, um ataque de ransomware comprometeu toda a rede de saúde irlandesa, expondo dados de 520 pacientes.

Para enfrentar esses desafios, o governo irlandês lançou o programa Sláintecare, com um orçamento de €22,9 bilhões. O objetivo é criar um sistema de saúde gratuito no ponto de atendimento, semelhante ao do Reino Unido e Canadá. O hospital Mater, com 164 anos, é um dos focos dessa modernização, especialmente em relação a diagnósticos, onde as listas de espera são um problema crítico. Prof. Peter McMahon, radiologista do Mater, destaca que a espera por exames como ressonâncias magnéticas e tomografias é uma das maiores preocupações.

A inovação está sendo impulsionada pelo uso de inteligência artificial (IA) no departamento de radiologia do Mater. A IA analisa rapidamente exames de imagem, priorizando casos urgentes, como hemorragias e fraturas. Essa tecnologia também auxilia médicos menos experientes, proporcionando suporte em momentos críticos. Em hospitais rurais, como o Letterkenny University Hospital, a falta de equipamentos à noite leva a transferências para Dublin, mas um modelo de IA está sendo testado para criar "ressonâncias magnéticas sintéticas" a partir de tomografias, melhorando a triagem de pacientes.

Entretanto, a implementação da IA enfrenta obstáculos, como sistemas de TI antiquados e a necessidade de regulamentação adequada. Prof. Seán Kennelly observa que a aceitação de erros humanos é maior do que a de falhas em tecnologias novas. Além disso, a complexidade dos sistemas de IA gera o problema do "caixa-preta", dificultando a explicação de decisões médicas baseadas em IA. Dr. Paul Gilligan ressalta a importância de os médicos serem capazes de comunicar claramente as razões por trás das decisões influenciadas por IA, garantindo que os pacientes compreendam o tratamento proposto.

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