05 de mar 2025
Aspartame eleva insulina e compromete saúde cardiovascular, revela estudo sueco
O aspartame, adoçante 200 vezes mais doce que o açúcar, afeta a saúde vascular. Estudo do Instituto Karolinska revela que provoca picos de insulina. Aumento de insulina leva ao acúmulo de placas de gordura nas artérias. CX3CL1, sinal imunológico, intensifica o risco de doenças cardiovasculares. Pesquisa sugere que o aspartame pode ser um elo entre adoçantes e doenças crônicas.
Muitos refrigerantes zero açúcar são adoçados com aspartame (Foto: Pexels)
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Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, descobriram que o aspartame, um adoçante artificial que é 200 vezes mais doce que o açúcar, pode ter um impacto negativo na saúde vascular. O estudo, publicado na revista Cell Metabolism, revela que o consumo de aspartame provoca picos elevados de insulina, o que contribui para o acúmulo de placas de gordura nas artérias. Essa condição pode aumentar o risco de ataques cardíacos e derrames ao longo do tempo.
O autor sênior da pesquisa, Yihai Cao, se inspirou a investigar o adoçante após observar um aluno consumindo refrigerante diet. Em estudos anteriores, já havia indícios de que substitutos do açúcar estavam associados a doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, mas a relação exata não era clara. Para entender melhor, a equipe alimentou camundongos com uma dieta contendo 0,15% de aspartame por 12 semanas, equivalente ao consumo de três latas de refrigerante diet por dia para humanos.
Os resultados mostraram que os camundongos que ingeriram aspartame desenvolveram placas de gordura maiores e mais inflamatórias em suas artérias, em comparação com os que não consumiram o adoçante. A análise do sangue revelou um aumento nos níveis de insulina após a ingestão do aspartame, indicando que o adoçante pode enganar os receptores de doçura do corpo, levando à liberação excessiva de insulina. Essa insulina elevada parece ser um fator chave na formação de placas nas artérias.
O estudo também destacou o papel do sinal imunológico CX3CL1, que se ativa com a estimulação da insulina. Cao explica que, ao contrário de outras substâncias que são rapidamente eliminadas pela corrente sanguínea, o CX3CL1 se adere à superfície interna dos vasos sanguíneos, atuando como um ímã para células imunes. Essa descoberta sugere que o aspartame pode ter consequências significativas para a saúde cardiovascular, reforçando a necessidade de cautela em seu consumo.
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