Saúde

Adoçantes artificiais podem aumentar a fome e o risco de obesidade, sugere estudo

Adoçantes artificiais, embora populares, podem aumentar a fome e o risco de diabetes tipo 2. Entenda as novas recomendações sobre seu uso.

Os participantes que tinham níveis mais elevados de adoçante no sangue corriam mais riscos de ter derrames e ataques cardíacos. (Foto: Freepik)

Os participantes que tinham níveis mais elevados de adoçante no sangue corriam mais riscos de ter derrames e ataques cardíacos. (Foto: Freepik)

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Adoçantes artificiais e seus efeitos no organismo humano são tema de debate. Pesquisas recentes apontam que o consumo desses produtos, utilizados para substituir o açúcar, pode aumentar a fome e o acúmulo de gordura, além de elevar o risco de diabetes tipo 2.

Adoçantes atuam nos sensores de gosto, mas podem gerar desequilíbrios. Originalmente desenvolvidos para simular o sabor doce do açúcar, os adoçantes artificiais estimulam o sistema sensorial da boca, enviando sinais ao cérebro. No entanto, estudos indicam que essa estimulação pode levar a desequilíbrios metabólicos, mesmo sem ativar o sistema de dopamina.

Estudo aponta aumento da fome após consumo de sucralose. Uma pesquisa divulgada no início do ano revelou que o consumo de sucralose, equivalente a duas latas de refrigerante com açúcar, aumenta o fluxo sanguíneo para o hipotálamo, região do cérebro responsável pelo controle do apetite, em até duas horas.

Consumo regular de adoçantes pode estar ligado à obesidade. Uma análise de longo prazo, com duração de vinte anos, encontrou uma ligação entre o consumo regular de grandes quantidades de adoçantes e um aumento de aproximadamente 70% na incidência de obesidade, em comparação com pessoas que consumiam quantidades mínimas.

Diabetes tipo 2 também pode estar associado ao consumo de adoçantes. Um estudo recente identificou uma correlação entre o consumo diário de bebidas adoçadas artificialmente e o aumento da incidência de diabetes tipo 2, embora a relação direta com os adoçantes ainda precise ser confirmada.

Especialistas recomendam moderação no consumo de adoçantes. O Comitê Científico Consultivo em Nutrição (SACN), que aconselha o governo do Reino Unido, recomendou a minimização do consumo de adoçantes, especialmente por crianças, e a redução geral da ingestão de açúcares.

Mais pesquisas são necessárias para entender os efeitos dos adoçantes. Apesar de estudos indicarem que a substituição do açúcar por adoçantes pode reduzir o peso corporal a curto prazo, a compreensão dos efeitos a longo prazo ainda é limitada. Um banco de dados com ensaios clínicos está sendo criado para aprofundar o conhecimento sobre o tema.

Rotulagem clara dos adoçantes pode auxiliar na escolha do consumidor. Uma das recomendações do SACN é que a indústria alimentícia rotule de forma clara a quantidade de adoçantes artificiais presentes nos alimentos e bebidas, facilitando a tomada de decisões conscientes por parte dos consumidores.

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