06 de mar 2025
Produtos proteicos em alta: são realmente saudáveis ou apenas modismo?
O consumo de produtos proteicos cresce, com opções como cervejas e sorvetes. Beer Protein e Momo Gelato inovam com cerveja e sorvete proteicos. Especialistas alertam sobre riscos de dietas hiperproteicas e ultraprocessados. A proteína é essencial, mas deve ser consumida com carboidratos adequados. Acompanhamento nutricional é crucial para evitar excessos e problemas de saúde.
Cerveja proteica oferece até 10 gramas de proteína por 355 mL (Foto: Stefan Nita/500px/GettyImages)
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O mercado de produtos proteicos tem se expandido significativamente, oferecendo uma variedade de opções como barras, bebidas e iogurtes que podem conter até 20 gramas de proteína por porção. Esses produtos se tornaram populares por serem práticos e saborosos, mas a questão sobre sua real saúde é debatida. O Whey Protein, tradicionalmente utilizado por atletas, agora convive com inovações como a cerveja proteica da marca Beer Protein, que contém 10 gramas de proteína por lata de 355 mililitros. Além disso, a Momo Gelato lançou sorvetes com até 12,8 gramas de proteína em 100 gramas, enquanto a Mooving oferece refrigerantes com 20 gramas de proteína e 3 gramas de creatina.
Especialistas alertam que o aumento do consumo de produtos proteicos pode ser influenciado por modismos relacionados ao ganho de massa muscular e perda de peso. Daniela Gomes, nutróloga, destaca que, embora esses produtos sejam vistos como saudáveis, muitos são ultraprocessados e podem conter quantidades indesejadas de gordura. Eric Slywitch, doutor em Nutrição, complementa que a proteína é essencial, mas seu consumo deve ser acompanhado de carboidratos para evitar a perda de massa muscular. Ele enfatiza que a prática de atividade física é crucial para a hipertrofia muscular.
O consumo excessivo de proteínas pode acarretar riscos à saúde, como colesterol alto e alterações na microbiota intestinal, que podem impactar negativamente a saúde geral. Gomes e Slywitch alertam que dietas hiperproteicas não são compatíveis com a longevidade e que a quantidade ideal de proteína deve ser ajustada conforme o peso e a atividade física. Para uma pessoa de 60 kg, a ingestão recomendada varia de 48 a 120 gramas de proteína por dia.
Para aqueles que desejam aumentar a ingestão de proteínas, a orientação nutricional é fundamental. É aconselhável priorizar fontes naturais, como ovos, queijos, iogurtes naturais e leguminosas, em vez de produtos industrializados. Essa abordagem ajuda a garantir uma dieta equilibrada e saudável, evitando os riscos associados ao consumo excessivo de produtos ultraprocessados.
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